“O IDHM 2013 apresentou algumas mudan�as metodol�gicas em rela��o aos levantamentos feitos nos �ltimos anos, especialmente na educa��o. A op��o foi manter as tr�s dimens�es (longevidade, renda e educa��o) pela relev�ncia e por indicar caracter�sticas essenciais do desenvolvimento”, explica Ana Paula Salej, pesquisadora da FJP.
Em rela��o ao �ltimo relat�rio, divulgado em 2000, o IDHM de Minas saltou 17%, de 0,624 para 0,731, passando da classifica��o de m�dio desenvolvimento para alto desenvolvimento. na compara��o com 1991, quando o �ndice mineiro era de 0,478, o salto foi de 52,9%.
Apesar de registrar o maior avan�o nos tr�s itens avaliados no levantamento divulgado ontem, a educa��o se manteve a mais baixa entre os indicadores, com 0,638. Em 2000, o indicador era 0,470. “A educa��o foi a dimens�o em que tivemos o melhor desempenho, mas teremos que acelerar para recuperar o que ficou para tr�s. Tivemos uma melhoria de 36%, mas ainda existem grandes desafios em rela��o a uma parcela da popula��o que n�s precisamos colocar dentro dos sistemas de ensino”, avalia Andr� Barrence, diretor do escrit�rio de Prioridades Estrat�gicas do governo de Minas. J� a expectativa de vida no estado foi avaliada em 0,838 ante 0,759 em 2000, e a renda da popula��o mineira saltou de 0,680 h� 10 anos para 0,730.
Entre os 853 munic�pios mineiros, Nova Lima teve o melhor desempenho no IDHM, com �ndice de 0,813, e ficou na 17ª posi��o do ranking nacional. Segundo avalia��o dos pesquisadores, a explica��o para o melhoria de Nova Lima – passou da 13º posi��o em 2000, para a 1º – est� ligada ao crescimento das atividades econ�micas e do surgimento de novos condom�nios fechados, o que contribuiu para aumento da arrecada��o e gera��o de renda. A capital mineira ficou na segunda posi��o, com �ndice de 0,810, e na 20º coloca��o no ranking nacional.
Em compara��o com os outros estados, Minas perdeu posi��o para Goi�s em rela��o ao relat�rio de 2000 e ocupa agora o 9º lugar, com uma m�dia de 0,731 no IDHM. O estado, por�m, est� � frente da m�dia nacional, que registrou 0,727. Os primeiros tr�s colocados da lista s�o o Distrito Federal, com �ndice de 0,818, seguido por S�o Paulo, com 0,783, e Santa Catarina, 0,774. Com os piores indicadores aparecem Alagoas, com 0,631, Maranh�o, 0,639, e Piau� e Par�, que registraram 0,646. “� claro que a ambi��o � de estar entre os melhores do pa�s. Mas Minas tem caracter�sticas particulares que influenciam esse resultado, que ainda n�o � o desejado, mas demonstra avan�os importantes”, diz Barrence.
OS MAIS ATRASADOS Araponga, na Zona da Mata, tem o segundo pior IDHM do estado, atr�s apenas de S�o Jo�o das Miss�es, mas � o pior no quesito educa��o. Demonstrando desconhecimento do que seja o IDH, o prefeito de Araponga, Anylton Sampaio Moura (PPS), justificou que desde a gest�o passada os moradores de baixa renda n�o est�o sendo cadastrados no Bolsa-Fam�lia, programa do governo federal. “Nos programas federais de sa�de e educa��o as pessoas tamb�m n�o est�o sendo cadastradas”, acrescentou sem saber dizer o nome dos programas. Ele acrescentou ainda que o mercado do caf�, que move a economia do munic�pio, est� ruim.
J� o prefeito de Bonito de Minas, no Norte do estado, Jos� Reis (PPS), culpou os governos estadual e federal pelos baixos �ndices registrados no munic�pio, que det�m o terceiro pior IDHM de Minas e tamb�m a terceira renda mais baixa do estado. Ele afirmou que os governos abandonaram a cidade. “N�o recebemos ind�stria. E para a agricultura familiar crescer precisamos de estradas”, afirmou, acrescentando que 88% da receita da cidade vem do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM). Para mudar o cen�rio, Jos� Reis contou que Bonito de Minas e outras seis cidades da regi�o criaram um cons�rcio p�blico que ser� respons�vel por atrair investimentos. “� como se tiv�ssemos criado a oitava prefeitura, que ser� respons�vel por captar recursos para investir nos sete munic�pios”, exemplificou.