S�o Paulo- Duda Mendon�a surpreendeu a Pol�cia Federal ao negar, em depoimento no inqu�rito da Opera��o Logoff, v�nculo com a Mkpol Marketing Pol�tico - empresa que a PF sustenta oficialmente ter sido operada por um executivo do publicit�rio para fazer a campanha eleitoral do governador da Para�ba, Ricardo Coutinho (PSB), em 2010.
A investiga��o revela que o dinheiro para cobrir as despesas eleitorais teria sido desviado de um contrato superfaturado entre a Prefeitura de Jo�o Pessoa e a empresa Ideia Digital para o programa Jampa Digital - instala��o de internet gratuita para a popula��o carente da capital paraibana. O desvio teria somado R$ 1,66 milh�o, segundo laudo pericial da PF. Parte desse valor, R$ 800 mil, passou pela Brickell. Duda afirmou que fez apenas “consultoria” - cria��o, slogan, m�sica e cartazes - para o pessebista por meio da JECM (iniciais de seu nome). Cobrou R$ 500 mil, valor faturado em nota contra o comit� de campanha do governador da Para�ba.
A PF argumenta que o executivo Jos� Eug�nio de Jesus Neto, ligado a Duda, figura como procurador da empresa de fachada Brickell. Em seu relato, o publicit�rio declarou que Neto � prestador de servi�o contratado “atuando somente na empresa Duda Mendon�a e Associados Propaganda na �rea financeira e administrativa”.
Ele assegurou que “n�o � s�cio” da Mkpol e “n�o associa este nome a nenhum publicit�rio que conhe�a”. Afirmou que “desconhece” que a Mkpol pagava seus funcion�rios. Indagado sobre seus antecedentes, Duda fez alus�o ao processo do mensal�o, no qual foi r�u e acabou inocentado. Ele disse que “j� foi indiciado e processado, mas n�o preso, tendo sido absolvido pelo Supremo Tribunal Federal”.
Apesar da reiterada negativa de Duda, a PF e o Minist�rio P�bico Federal est�o convencidos de seu envolvimento em “sonega��o e lavagem de ativos”. A PF descobriu que a Mkpol faz uso de um endere�o eletr�nico que leva o nome do publicit�rio, “muito sugestivo da pessoa que realmente a controla”.
