Em cerim�nia de san��o do Estatuto da Juventude, a presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira que foi "atrav�s da participa��o democr�tica dos jovens que as coisas mudaram".
"Ele (Estatuto da Juventude) � uma condi��o para n�s continuarmos mudando. Para n�s continuarmos e lutarmos por um Brasil que seja um Brasil no qual o grande ganho seja na arquitetura humana", discursou Dilma, em cerim�nia no Pal�cio do Planalto.
Ao falar dos �ltimos acontecimentos nacionais, Dilma destacou que fazer mais no Brasil, necessariamente, passa por construir e aprimorar o sistema pol�tico.
"O nosso sistema pol�tico, como tudo que n�s construirmos, tem de ser aperfei�oado. Queremos que cada vez mais ele seja pautado por valores p�blicos, de �tica, de transpar�ncia, e que n�s tenhamos o compromisso de assegurar que este Pa�s, a Uni�o, os Estados e o munic�pios, todos os seus poderes, sejam governados de forma absolutamente �tica. Falo aqui tamb�m da necessidade de uma reforma pol�tica", disse.
Para Dilma, a reforma pol�tica tamb�m diz respeito � melhoria e ao aperfei�oamento do sistema pol�tico como um todo. "Considero que consultar o povo nunca � demais. Consultar o povo � democr�tico, necess�rio para que as nossas institui��es se tornem cada vez mais perme�veis �s demandas da sociedade, das redes e das ruas, mais abertas ao controle e sobretudo mais eficazes. Nenhum pa�s do mundo se desenvolveu sem aperfei�oar suas estruturas de governan�a", afirmou Dilma.
Pacto
A presidente afirmou que, ao sancionar o Estatuto da Juventude, o Pa�s firma um "pacto pela juventude brasileira". "Este pacto, como todos os pactos importantes deste Pa�s, � baseado numa vis�o que o que compromete qualquer processo no Brasil, qualquer iniciativa, � a desigualdade. � um pacto pela igualdade, � um pacto por mais oportunidades, por garantir maior participa��o e, portanto, um pacto fundado em valores", afirmou.
A presidente garantiu que o nosso Pa�s tem como "c�lula mater, como local principal, as suas crian�as e seus jovens". "Este � um compromisso do meu governo. Voc�s podem ter certeza que queremos, com a participa��o e a presen�a democr�tica das diferentes opini�es, construir um caminho que leve � consolida��o dos direitos de cidadania, dos direitos civis, dos direitos econ�micos, sociais, dos jovens brasileiros", disse.
Dilma afirmou ainda que quase todos os jovens presentes � solenidade nasceram em um Brasil democr�tico, "num Brasil muito diferente da minha juventude". "Receberam um legado da liberdade de express�o, da liberdade de organiza��o, do direito de greve, do direito de opini�o, do direito de manifesta��o pol�tica, de elei��es livres, como resultado da luta de v�rias gera��es que antecederam este momento, v�rias gera��es de jovens", completou.
Contribui��o
Dilma destacou que muitos jovens constru�ram e t�m contribu�do para consolidar, fortalecer e ampliar a democracia nos Conselhos como as organiza��es estudantis, as organiza��es negras. "E essas conquistas sociais, eu tenho certeza que n�o v�o retroceder."
A presidente disse ainda, em seu discurso, que a maioria dos jovens viveu a juventude no governo Lula e no seu governo. "Muitos conviveram com um novo Brasil, num Brasil em transforma��o. H� conquistas realizadas nos �ltimos anos. Escolhas pol�ticas levaram � retomada do desenvolvimento e a considerar absurda e inadmiss�vel a desigualdade que recortava o nosso Brasil", disse.
Dilma destacou ainda a Lei de Cotas nas universidades e disse que ela � parte da "democratiza��o e combate ao racismo no Pa�s". Ela acrescentou ainda que o Estatuto da Juventude � uma condi��o para o Pa�s continuar a lutar.
Segundo ela, o texto sancionado foi conquistado atrav�s de vis�es distintas que conseguiram se convergir e "criar esse leito", que � o Estatuto da Juventude. "A partir de hoje, 51 milh�es de brasileiros possuem sua carta de direitos", afirmou, lembrando que o estatuto � s� um come�o.