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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade de S�o Paulo ouve depoimentos sobre Chacina da Lapa

No epis�dio conhecido como Chacina da Lapa, tr�s militantes contr�rios ao regime foram mortos


postado em 09/08/2013 07:50

S�o Paulo – A Comiss�o da Verdade do Estado de S�o Paulo ouviu nessa quinta-feira o depoimento do jornalista Pedro Estevam da Rocha Pomar, neto do ent�o dirigente do PCdoB Pedro Pomar, um dos mortos em S�o Paulo no epis�dio que ficou conhecido como Chacina da Lapa, em dezembro 1976.

“Os documentos oficiais constru�ram uma vers�o mentirosa. E essa vers�o foi estampada nos jornais da �poca. E acabou, de certa maneira, persistindo. Voc� l� algumas publica��es e tem a impress�o que, ap�s a morte de Vladimir Herzog e de Manuel Fiel Filho [nas depend�ncias do Destacamento de Opera��es de Informa��es - Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-Codi) em outubro de 1975 e janeiro de 1976, respectivamente] n�o houve mais mortes, n�o houve mais repress�o violenta, n�o houve mais tortura”.

“Achamos importante fazer essa contraposi��o para rep�r a verdade hist�rica”, disse Pedro Estevam em depoimento na Assembleia Legislativa de S�o Paulo.

No epis�dio, tr�s militantes contr�rios ao regime foram mortos. Pedro Pomar e �ngelo Arroyo, dirigentes do PCdoB, executados por agentes da ditadura no dia 16 de dezembro dentro de uma casa na Rua Pio XI, na Lapa, usada pelo partido como local de reuni�o. No dia anterior, o economista Jo�o Batista Franco Drummont foi preso quando sa�a da casa e levado para as depend�ncias do DOI-Codi, onde foi morto.

A casa estava sendo vigiada pelas for�as de seguran�a havia quatro dias. Foram presos, e posteriormente torturados, Maria Trindade, que ainda estava na casa quando da invas�o dos militares, Haroldo Borges Rodrigues Lima, Aldo Arantes e Wladmir Pomar, que j� tinham deixado o local. Elza de Lima Monnerat e Joaquim Celso de Lima foram presos quando estavam em um carro em frente ao local.

Na vers�o oficial, apresentada pelo Ex�rcito � �poca, a casa de n�mero 767 na Rua Pio XI, na Lapa, era usada para “reuni�es clandestinas com comparecimento de elementos ligados � subvers�o”.

“Foi dito que houve tiroteio e resist�ncia armada. E que Jo�o Batista morreu atropelado. Que n�o houve tortura posterior. Mas os presos foram torturados em S�o Paulo e no Rio de Janeiro, torturados durante dez dias no DOI-Codi do 1º Ex�rcito”, disse Pedro Estavam.

O presidente da Comiss�o Estadual Verdade, deputado estadual Adriano Diogo (PT), o depoimento serviu para esclarecer quest�es ainda nebulosas. “Esta audi�ncia foi important�ssima. � um epis�dio encoberto de muitas d�vidas. As pessoas n�o estavam nem armadas, estavam em uma reuni�o de avalia��o e foram assassinadas”, disse.


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