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Estado de Minas

Exuma��o de militante da ALN em Minas leva a depoimentos

Comiss�o Nacional da Verdade vai ouvir militares que teriam envolvimento na morte do ex-militante Arnaldo Cardoso Rocha, cujos restos mortais foram desenterrados ontem em BH


postado em 13/08/2013 10:17 / atualizado em 13/08/2013 10:30

A exumação dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha, a primeira feita em Minas para apuração das circunstâncias do falecimento de um opositor do regime militar(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
A exuma��o dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha, a primeira feita em Minas para apura��o das circunst�ncias do falecimento de um opositor do regime militar (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) dever� convocar para depor militares que teriam envolvimento na morte do militante pol�tico Arnaldo Cardoso Rocha – um dos fundadores da A��o Libertadora Nacional (ALN) em Minas Gerais – ocorrida em mar�o de 1973 em S�o Paulo. A informa��o � de Andr� Vilanova, representante da CNV que esteve ontem em Belo Horizonte para acompanhar a exuma��o dos restos mortais de Arnaldo, a primeira feita em Minas para apura��o das circunst�ncias do falecimento de um opositor do regime militar. Os restos mortais de Milton Soares de Castro, abatido pelas for�as repressoras, tamb�m foram exumados, em Juiz de Fora, onde foi preso, mas apenas como tr�mite burocr�tico para traslado dos ossos ao Rio Grande do Sul, onde nasceu.

Os nomes dos militares a serem ouvidos j� est�o com a CNV. Os supostos envolvidos, que ainda n�o tiveram as identidades reveladas, eram comandados pelo coronel reformado Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Destacamento de Opera��es de Informa��es – Centro de Opera��es de Defesa Interna (DOI-Codi). Na vers�o da ex-companheira de Arnaldo, Iara Xavier Pereira, que faz uma esp�cie de investiga��o paralela do caso, o militante teria sido assassinado em emboscada numa rua do Bairro da Penha, no Rio de Janeiro. Na vers�o dos militares, ele teria morrido em tiroteio contra agentes da repress�o. Conforme laudo assinado pelo legista Isaac Abramovitch, m�dico de confian�a dos militares, o militante teria sido atingido por tr�s tiros na perna direita, um no superc�lio direito e um na m�o direita.

Familiares e amigos acompanharam a exumação dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha, morto em 1973. Seu exame do Instituto Médico Legal de São Paulo é marcado com o T que identificava os
Familiares e amigos acompanharam a exuma��o dos restos mortais de Arnaldo Cardoso Rocha, morto em 1973. Seu exame do Instituto M�dico Legal de S�o Paulo � marcado com o T que identificava os "terroristas" (foto: Arquivo )
Laudo Na exuma��o feita ontem no Cemit�rio Parque da Colina, Bairro Nova Cintra, Regi�o Oeste, pelo legista Marco Aur�lio Guimar�es, da Universidade de S�o Paulo (USP) em Ribeir�o Preto, foi poss�vel identificar marcas de tiros no ombro direito e na regi�o abdominal do militante. Foi constatado ainda que o corpo n�o passou por necropsia, ao contr�rio das informa��es recebidas pela fam�lia por meio de documentos. Na avalia��o do legista, os ossos estavam em bom estado de conserva��o devido � inexist�ncia de �gua na sepultura, o que poder� ajudar nas investiga��es. Os restos mortais seriam encaminhados ainda ontem a Ribeir�o Preto ou Bras�lia para emiss�o de laudo, que deve ficar pronto em um m�s.

A ex-companheira de Arnaldo afirmou ter pedido a exuma��o devido ao que chamou de lentid�o da CNV. “� o que nos restou, para ver se o caso � resolvido ou se a d�vida permanecer�”, afirmou Iara. Vilanova diz que a comiss�o age a “plenos pulm�es” e assegurou: “Nosso objetivo � ir fundo nas investiga��es. Dizer quem tem responsabilidade nas mortes e quem n�o tem”.

Nascido em Belo Horizonte, Arnaldo morreu em 15 de mar�o de 1973, 15 dias antes de completar 24 anos. Os pais dele, Anete Cardoso Rocha e Jo�o de Deus Rocha, moram na capital, na Rua Boa Esperan�a, no Bairro Carmo.


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