Depois de a presidente Dilma Rousseff anunciar investimentos federais de R$ 8 bilh�es em mobilidade urbana em S�o Paulo e confirmar visita a S�o Bernardo do Campo, no Grande ABC (SP), onde dever� liberar novos recursos, o governador do Rio, S�rgio Cabral Filho (PMDB), e o vice-governador, Luiz Fernando Pez�o (PMDB), cobram, em tom amistoso, uma resposta do governo federal ao pedido de R$ 2,7 bilh�es para a constru��o da linha 3 do metr� fluminense, ligando Itabora�, S�o Gon�alo e Niter�i, no Grande Rio.
"O governo federal tem essa d�vida com o Rio de Janeiro", disse Cabral, em solenidade no Pal�cio Guanabara, nesta ter�a-feira, 13. A reivindica��o do governo do Rio foi levada a Dilma h� mais de um m�s, na reuni�o com governadores e prefeitos convocada por ela em rea��o � onda de protestos que tomava conta do Pa�s. Na manh� desta ter�a-feira, durante reuni�o sobre o Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), em constru��o pela Petrobras em Itabora�, Cabral e Luiz Fernando Pez�o pediram nos discursos uma resposta da gest�o federal.
"S�o Paulo (Estado e Prefeitura) pediu R$ 17 bilh�es ao governo federal. O S�rgio pediu apenas os investimentos na linha 3 do metr�. S�o R$ 2,7 bilh�es, a ministra Miriam Belchior (Planejamento, Or�amento e Gest�o) quase tomou um susto porque foi o �nico pedido. S�rgio explicou que � o mais importante para n�s", disse o vice-governador do Rio, diante de uma plateia de prefeitos do interior e secret�rios de Estado.
O governador do Rio seguiu no mesmo assunto, quando discursou. Falando sobre os investimentos em mobilidade, lembrou que n�o h� recursos diretos da administra��o federal. "Estamos investindo R$ 11 bilh�es que pegamos emprestados ou que s�o recursos do Estado. N�o � do Tesouro Nacional. Falta a linha 3 do metr�. O governo federal tem essa d�vida com o Rio de Janeiro. N�o tenho d�vida de que eles v�o se sensibilizar. N�o fiz mais nenhum pedido. � um investimento para tr�s, quatro anos", disse.
Pressionado h� dois meses por protestos quase di�rios que pedem a sa�da dele governo do Estado e com baixos �ndices de popularidade, Cabral tem dito que recebeu a solidariedade de Dilma e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e exaltar os benef�cios para o governo estadual da parceria entre administra��o federal, governo fluminense e cidades do Estado. A parceria � um dos temas da publicidade partid�ria gratuita do PMDB do Rio que tem ido ao ar esta semana no r�dio e na televis�o. Em rela��o aos transportes de massa, no entanto, Cabral pede mais recursos.
Antes de viajar a Bras�lia para a reuni�o com a presidente, o governador disse que os R$ 2,7 milh�es para o metr� no Grande Rio, se assegurados, seriam o primeiro investimento direto do Poder Executivo federal em mobilidade urbana do Estado, uma vez que at� agora o Rio obteve empr�stimos de bancos estatais.
"Empr�stimo, a gente devolve. Vale para o Maracan�, vale para o metr�", disse Cabral, na ocasi�o. O governador fazia refer�ncia ao fato de Dilma ter dito, em cadeia nacional de TV convocada no auge dos protestos, que n�o havia dinheiro do Executivo federal na constru��o de est�dios para a Copa de 2014.
Ela n�o contabilizou os recursos emprestados pelos bancos federais aos Executivos estaduais. Os gastos excessivos com obras nos est�dios e a m� qualidade dos transportes p�blicos eram duas das principais cr�ticas das manifesta��es, que come�aram pouco antes da Copa das Confedera��es. Cabral decidiu, ent�o, reivindicar os R$ 2,7 bilh�es em recursos da Uni�o diretos para o metr�.