Proibir a doa��o de empresas �s campanhas eleitorais n�o vai reduzir a influ�ncia do poder econ�mico nas elei��es e ainda ter� como consequ�ncia o aumento do chamado caixa 2, disse hoje o diretor executivo da organiza��o n�o governamental Transpar�ncia Brasil, Cl�udio Abramo. Durante debate no grupo de trabalho da C�mara que discute a reforma pol�tica, ele tamb�m recha�ou a ideia de plebiscito para promover a mudan�a.
Apesar de reconhecer o efeito “delet�rio” (nocivo) da influ�ncia do capital no processo pol�tico, o diretor executivo da Transpar�ncia Brasil disse que n�o h� uma f�rmula pronta para resolver o problema. “O grande eleitor no Brasil � o dinheiro. Isso causa muita preocupa��o. Voc� tem compradores de um lado e vendedores de outro. Tem algo altamente valorizado que s�o as decis�es futuras. Os vendedores s�o os pol�ticos e os compradores s�o as empresas. O que a empresa compra: promessa de decis�o futura. E isso n�o tem como proibir”, destacou.
Ele enfatizou que as regras eleitorais j� preveem mecanismos para coibir fraudes, mas a Justi�a eleitoral n�o tem condi��es de fiscalizar todas as presta��es de contas de todos os candidatos do pa�s. “Voc� pode tentar reduzir a influ�ncia das empresas, que � delet�ria. Mas n�o se tem uma f�rmula m�gica. � um mecanismo muito dif�cil que v�rios pa�ses enfrentam. N�o tem solu��o. Depende de uma evolu��o, que depende de v�rios fatores.”
Um dos fatores, segundo Abramo, passa por uma maior participa��o do cidad�o no processo pol�tico. Mas isso, no entanto, n�o teria efic�cia em um plebiscito para tratar de pontos da reforma pol�tica. “Plebiscito � uma maluquice. As quest�es s�o complicadas demais. Faz sentido as pessoas dizerem que querem que o transporte p�blico funcione melhor. Agora, quero voto distrital? As pessoas n�o fazem nenhuma ideia do que seja. N�o � posi��o elitista. As pessoas n�o s�o capazes de votar naquilo que elas n�o compreendem.”
Criado em julho, o grupo de trabalho da C�mara para discutir a reforma pol�tica tem prazo e tr�s meses para apresentar uma proposta de reforma a ser votada posteriormente pel