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Estado de Minas

Prefeitos podem ser cabos eleitorais de candidatos � Presid�ncia da Rep�blica

Pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica t�m nos prefeitos fortes armas na busca por votos. Parlamentares e especialistas lembram, por�m, que essa fidelidade pode ter pre�o


postado em 19/08/2013 00:12 / atualizado em 19/08/2013 07:19

(foto: Arte/EM)
(foto: Arte/EM)

Cortejados de forma indiscreta por pr�-candidatos a presidente da Rep�blica no ano que vem, prefeitos de todo o pa�s formam um ex�rcito poderoso na guerra eleitoral por votos, mas sua fidelidade � vol�til e depende de v�rios fatores. Levando-se em conta somente os partidos que atualmente sustentam cada candidatura, Dilma Rousseff (PT) larga na frente, com 1.659 petistas e peemedebistas que comandam prefeituras em todo o pa�s. Em seguida aparece o senador A�cio Neves (PSDB), que soma 1.103 chefes do Executivo municipais na sua linha de frente, tomando como base tucanos e filiados ao PPS e ao DEM.

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ainda n�o fechou alian�as em torno de seu projeto, mas j� conta com 442 prefeitos da legenda que preside. Marina Silva batalha pela cria��o de seu pr�prio partido, a Rede Sustentabilidade – que precisa ser registrado at� outubro – e ainda n�o � poss�vel estimar o n�mero de pol�ticos que v�o apoi�-la. O PSC e o PSOL, que tamb�m devem lan�ar candidatos, t�m respectivamente 83 e duas prefeituras. De um total de 5.564 munic�pios do pa�s, 3.934 s�o governados pela base aliada do governo federal – sem contar os do PSB e PSC –, mas o passado recente mostra que isso n�o � garantia de apoio.

Deputado federal e tesoureiro do PSDB, Rodrigo de Castro afirma que essa realidade recortada pelas afinidades partid�rias tende a se modificar no ano que vem. “H� uma insatisfa��o vis�vel dos prefeitos com o governo Dilma. A queda de arrecada��o no Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM) e a concentra��o de recursos na esfera federal contribuem para isso. A economia tamb�m n�o vai bem, isso influencia. E os pr�prios partidos n�o t�m uma base coesa”, ele argumenta.

Reginaldo Lopes (PT), deputado federal e presidente estadual de seu partido, rebate que o governo federal ganha muitos adeptos devido aos programas sociais que lan�ou. “Temos uma vantagem num�rica, mas � bom lembrar que em se tratando de munic�pios nosso governo tem sido muito republicano. Tem muita gente que est� conosco por isso. Tem at� gente do PSDB que nos apoia por isso”, afirma Lopes. O tucano sustenta que os prefeitos se preocupam mais com quest�es locais e t�m mais influ�ncia na elei��o para o Congresso do que na presidencial, mas, mesmo assim, s�o ferramentas importantes para o pleito do ano que vem. O petista defende que o n�mero de prefeitos que apoia uma candidatura “� importante, mas n�o � definidor”.

O deputado federal J�lio Delgado (PSB) concorda que ter uma base grande de prefeitos ajuda, mas tamb�m bate na tecla da situa��o dos caixas vazios dos munic�pios: “Levando-se em conta que o momento dos prefeitos � muito dif�cil, com a redu��o do FPM isso pode at� virar um rev�s. Prefeito bem-avaliado � quem traz voto, prefeito mal-avaliado tira voto”, ele diz.

Um dos mais empenhados apoiadores da candidatura de Marina Silva, o ex-deputado federal Jos� Fernando Aparecido afirma que n�o ter uma base extensa n�o preocupa os partid�rios da Rede. “Nossa posi��o � de alian�a com a sociedade em cima de quest�es objetivas. A gente vai contra essa pol�tica de cooptar lideran�as, prefeitos, de troca de favores. Estamos fazendo um esfor�o gigantesco agora para que a gente possa registrar o partido”, afirma.

TR�S PILARES DE UMA ELEI��O


O cientista pol�tico Rud� Ricci afirma que uma elei��o atualmente � vencida com tr�s pilares: o marketing, os operadores pol�ticos e os deputados federais. Ele situa os prefeitos como operadores pol�ticos fundamentais, que t�m a fun��o de criar uma rede capilarizada em todo o pa�s que reverbere o discurso do candidato. “� importante que uma leitura de um fato pol�tico que � feita l� em cima, na c�pula da candidatura, v� passando para baixo, e os prefeitos entram a�. � claro que essa rede � muito parcial, � assim que funciona”, ele explica.

Para ele, a filia��o partid�ria n�o garante a fidelidade de um prefeito e casos como o do PP, PR e PDT, que integram a base do governo Dilma e tamb�m a base do governo Ant�nio Anastasia (PSDB) em Minas, devem ser estudados com aten��o. “Hoje, o que marca a pol�tica no Brasil � o cinismo e o pragmatismo. Se o prefeito receber obra e emenda parlamentar, ele apoia. E emenda n�o vem necessariamente do governo federal. Fidelidade hoje tem a ver com recurso para obra e emenda parlamentar.”

Rud� lembra que Minas Gerais presenciou situa��es pol�ticas inusitadas nos �ltimos anos, como as que ficaram conhecidas como Lul�cio e Dilmasia. O apoio de personalidades a Luiz In�cio Lula da Silva (PT) para presidente e a A�cio Neves para governador, em 2006, e a Dilma e Anastasia, em 2010, garantiu votos para ambos, PT e PSDB.


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