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Estado de Minas

PMDB e PT voltam a disputar ag�ncias reguladoras

Ap�s esc�ndalo envolvendo ex-funcion�ria da Presid�ncia em S�o Paulo, PT e PMDB retomam disputa por cargos em ag�ncias reguladoras


postado em 21/08/2013 08:01 / atualizado em 21/08/2013 08:16

Bras�lia - Oito meses ap�s o esc�ndalo envolvendo a ex-funcion�ria da Presid�ncia em S�o Paulo Rosemary Noronha e as suspeitas de tr�fico de influ�ncia nas ag�ncias reguladoras, recome�ou a guerra pol�tica pelo controle de cargos de diretoria nessas institui��es. PT e PMDB acabaram de travar uma disputa nas Ag�ncias Nacionais de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa) e de Sa�de Suplementar (ANS) em que interesses partid�rios ditaram os rumos desses �rg�os.

O PT teve de esperar quatro meses para que o nome de Ivo Bucaresky, militante do partido que j� havia sido aprovado na Comiss�o de Assuntos Sociais do Senado (CAS), fosse enviado ao plen�rio e, assim, pudesse assumir o posto na Anvisa. Isso s� ocorreu ap�s o PMDB tamb�m indicar um nome para outra diretoria da Anvisa.

Bucaresky foi confirmado na mesma sess�o em que a comiss�o indicou o funcion�rio Renato Porto. Ele teve como padrinho de casamento o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE), amigo da fam�lia. Em seis dias, o nome do Porto foi � vota��o em plen�rio, 20 vezes mais r�pido que Bucaresky. Embora seja suplente na comiss�o, Eun�cio fez quest�o de participar da aprova��o do afilhado.

Um senador da CAS, sob anonimato, explicou o ocorrido. “Estava faltando a indica��o (do PMDB). O pessoal (parlamentares) ficou esperando”, disse. A disputa partid�ria fez com que a Anvisa, que geralmente atua com cinco diretores na fun��o de liberar o uso de medicamentos no Pa�s e fiscalizar alimentos em �mbito nacional, ficasse mais um ter�o do ano sem o quadro de dirigentes completo.

Limbo


A sess�o de 11 de junho, em que Porto foi sabatinado, � esclarecedora. “Pe�o que, se for poss�vel, n�s votemos, no dia de hoje, n�o somente os dois candidatos, mas tamb�m o Dr. Ivo, que est� aqui no limbo h� um bocado de tempo”, apelou o senador Humberto Costa (PT-PE).

Naquele dia, tamb�m foi aprovado o nome de Elano Figueiredo para a ANS - a indica��o � fruto de cons�rcio entre PT e PMDB. Ele � investigado pelo Conselho de �tica da Presid�ncia da Rep�blica por ter omitido do curr�culo v�nculo empregat�cio com a operadora de sa�de Hapvida, como revelou o Estado.

Na sess�o, o senador Romero Juc� (PMDB-RR) tamb�m fez um apelo. “(Quero) pedir a urg�ncia para que possamos votar, hoje, em plen�rio, o Dr. Ivo, o Dr. Renato e o Dr. Elano (...) Esperamos fazer uma vota��o maci�a na tarde de hoje. Portanto, aprovar os dois nomes para a Anvisa e o Dr. Elano para a ANS ainda nesta tarde.”

Juc� teve apoio da senadora Ana Am�lia (PP-RS). “Eu s� queria tamb�m endossar a inclus�o do nome do Dr. Ivo Bucaresky no pedido de urg�ncia (...) porque eu havia citado apenas os nomes do Dr. Renato e do Dr. Elano para a Anvisa e para ANS, respectivamente, mas incluo, com muito bom grado, o nome do Dr. Ivo Bucaresky para a Anvisa na vota��o de hoje”, disse. Acordo cumprido.

Eun�cio Oliveira defende a escolha de Porto, que j� era funcion�rio da Anvisa. "Indiquei o menino como t�cnico. O pai dele teve problema de c�ncer e morreu, a m�e est� doente. � um rapaz muito sofrido, mas que tem muito valor, � dedicado, batalhador, fichinha limpa”, afirmou. O senador nega boatos de que Porto seja seu parente. “E se fosse, qual seria o problema?”

Para o l�der do PMDB, “tem gente tentando ‘plantar’ informa��es falsas”. “Deve ser porque eu desagradei a algu�m com minha indica��o, ou algu�m que queria emplacar um nome n�o teve �xito”, disse. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tentou indicar Fernando Garcia Mendes, barrado na triagem inicial para a vaga.

Ajuda

Bucaresky foi indicado pelo ministro da Sa�de, Alexandre Padilha, e pelo vice-prefeito do Rio, Adilson Pires (PT). Petista desde 1987, ele admite que a filia��o partid�ria o ajudou e que n�o saberia dizer se teria sucesso caso n�o fosse ligado � sigla.

O sal�rio de um diretor comissionado de ag�ncia reguladora - entre R$ 11,7 mil e R$ 12,3 mil - n�o costuma ser o principal atrativo do cargo, mas sim o poder das decis�es. As ag�ncias regulam e fiscalizam atividades privadas na execu��o de servi�os de car�ter p�blico.

As doa��es de campanha da �rea de sa�de cresceram 746,5% de 2002 a 2010, segundo estudo da USP/UFRJ. Em 2010, o setor distribuiu R$ 11,8 bilh�es a candidatos e partidos.


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