O senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES), presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores e Defesa Nacional (CRE), explicou hoje sua participa��o na opera��o de retirada do senador boliviano, Roger Pinto Molina, da embaixada brasileira e a vinda dele para o Brasil. Segundo ele, a vida de Molina “estava em jogo”.
“Era uma situa��o limite que n�o poderia continuar a ser tratada conforme ritmos e c�nones diplom�ticos, ao sabor das conveni�ncias pol�ticas, tornando-se apenas um item a mais da nossa agenda bilateral, sempre sujeita, durante mais de um ano, a ceder prefer�ncia para outras quest�es”, disse ele, ao lembrar que Molina ficou asilado por mais de 450 dias na sede diplom�tica do Brasil na Bol�via.
“A alternativa de desfecho para a grave situa��o seria a sua morte, atrav�s de um infarte ou mesmo de um derrame ou, quem sabe, at� mesmo de um suic�dio, conforme relato e laudo do m�dico que esteve atendendo ao senador Molina na chancelaria do Brasil na Bol�via”, garantiu.
O parlamentar ainda acrescentou que, mesmo sem ter o solicitado salvo-conduto, a opera��o foi o mesmo que “salvar uma vida humana”, citando trecho da Declara��o Universal dos Direitos Humanos, que trata dos direitos de pessoas v�timas de persegui��o.
“Eu repetiria quantas vezes fossem necess�rias, minha modesta atua��o no epis�dio”, completou.
Ricardo Ferra�o ainda pediu ao governo uma reconsidera��o sobre a situa��o de Eduardo Saboia, funcion�rio do Itamaraty que organizou a opera��o de transporte de Molina, para que n�o tenha sua carreira prejudicada.