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Estado de Minas

Novo ministro coloca diplomatas para escanteio

Ap�s a fuga do senador boliviano, o novo ministro das Rela��es Exteriores remove para Bras�lia o embaixador do Brasil na Bol�via e seu substituto, que coordenou a opera��o


postado em 30/08/2013 06:00 / atualizado em 30/08/2013 07:48

"Era uma situa��o limite que n�o poderia continuar a ser tratada conforme ritmos e c�nones diplom�ticos, ao sabor das conveni�ncias pol�ticas", avalia Ricardo Ferra�o (PMDB-ES), presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado (foto: Pedro Fran�a Ag�ncia Estado)

O novo ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, removeu os diplomatas Marcel Fortuna Biato e Eduardo Paes Saboia da Embaixada do Brasil em La Paz, Bol�via. Agora, eles v�o trabalhar na sede do Itamaraty, em Bras�lia. A decis�o est� em portarias publicadas ontem no Di�rio Oficial da Uni�o. Os servidores est�o envolvidos no epis�dio da entrada do senador boliviano Roger Pinto Molina no Brasil.

Eduardo Saboia foi o respons�vel por retirar da Embaixada do Brasil em La Paz o senador boliviano, que estava asilado havia 15 meses no local e viajou por 22 horas em carro diplom�tico brasileiro at� chegar a Corumb� (MS) no s�bado. J� Marcel Biato era o embaixador do pa�s na Bol�via e estava de f�rias desde 17 de agosto. O Pal�cio do Planalto acredita que Biato tem envolvimento no caso, apesar de n�o estar na embaixada quando Roger Pinto foi retirado por Saboia. De qualquer forma, mesmo que ele n�o tenha rela��o direta com a fuga, a presidente Dilma Rousseff o culpa por ter autorizado a entrada do senador sem ter consultado o Itamaraty.

Na quarta-feira, Marcel Biato teve sua indica��o como embaixador na Su�cia cancelada. Em mensagem encaminhada ao Senado Federal, a presidente pediu a retirada da indica��o lida h� 12 dias na Casa. Ontem, o plen�rio do Senado aprovou a solicita��o.

Marcel Biato era embaixador do Brasil na Bol�via desde 2010, mas estava afastado da embaixada ap�s a concess�o de asilo ao senador boliviano. Em junho do ano passado, em meio a uma crise diplom�tica, foi decidida a transfer�ncia do embaixador brasileiro da Bol�via para a Su�cia. O pedido teria partido do governo boliviano, que vinha fazendo cr�ticas � atua��o de Biato no caso de Roger Pinto. O embaixador chegou a ser acusado pelo governo boliviano de "porta-voz da oposi��o".

Saboia, por sua vez, est� afastado das fun��es diplom�ticas enquanto � alvo de investiga��es pela comiss�o de sindic�ncia, formada por um auditor fiscal e dois embaixadores, que apura sua atua��o no caso. A crise causada pela retirada de Roger Pinto da Bol�via, provocada pela decis�o de Saboia de coordenar a sa�da do boliviano da embaixada brasileira, onde esteve asilado por quase 15 meses, gerou a substitui��o do ex-chanceler Antonio Patriota por Figueiredo. Para setores do governo, a iniciativa do diplomata implica quebra de hierarquia e desrespeito �s inst�ncias superiores do Itamaraty.

Por�m, Saboia disse ter tomado a iniciativa porque o quadro se agravava com o fato de o senador boliviano estar deprimido e indicar que pretendia se suicidar. O diplomata disse que tomou a decis�o por raz�es humanit�rias. Ele pode ser alvo de uma s�rie de puni��es que v�o de advert�ncia oral ou escrita, suspens�o tempor�ria e at� exonera��o da carreira.

Defesa

Respons�vel por transportar o senador boliviano de Corumb� a Bras�lia, o presidente da Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado, Ricardo Ferra�o (PMDB-ES), deu ontem explica��es ao colegiado sobre sua participa��o no caso e defendeu a opera��o. "Era uma situa��o limite que n�o poderia continuar a ser tratada conforme ritmos e c�nones diplom�ticos, ao sabor das conveni�ncias pol�ticas, tornando-se apenas um item a mais da nossa agenda bilateral, sempre sujeita, durante mais de um ano, a ceder prefer�ncia para outras quest�es", atacou Ferra�o.

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), por sua vez, criticou o fato de Ferra�o n�o ter informado os integrantes da comiss�o sobre o resgate de Roger Pinto e a a��o conduzida por Saboia. "Quando a gente analisa o servi�o diplom�tico brasileiro, a� vem uma grande preocupa��o. O diplomata representa n�o o cora��o dele, representa 200 milh�es de pessoas", afirmou. Em defesa de Ferra�o, a senadora Ana Am�lia Lemos (PP-RS) disse que a opera��o foi correta porque preservou uma vida humana.


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