
Para a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, a demora de nove anos para que os acusados de participar da Chacina de Una� – quando foram assassinados tr�s auditores fiscais do Trabalho e um motorista do Minist�rio do Trabalho - come�assem a ser julgados “j� �, em si, impunidade”.
O crime ocorreu em 28 de janeiro de 2004, na cidade mineira de Una�. Somente agora, tr�s dos oito r�us da chamada Chacina de Una� come�aram a ser julgados. A expectativa � que o tribunal do j�ri, iniciado ter�a-feira, seja conclu�do e tenha a senten�a anunciada at� a madrugada de amanh�.
“Estamos falando de pessoas que estavam a servi�o do Estado brasileiro, do governo federal, protegendo brasileiros explorados em um regime de escravid�o. Houve uma emboscada e o assassinato desses funcion�rios federais. Nove anos para o Poder Judici�rio dar conta desse julgamento j� �, em si, impunidade”, disse a ministra � Ag�ncia Brasil. Ela fez o coment�rio ao abrir a exposi��o Aus�ncias, ontem, no Museu da Rep�blica.
Os oito acusados foram divididos em dois grupos, o dos que j� est�o presos em car�ter preventivo – e que, por isso, est�o sendo julgados esta semana - e o dos que respondem ao processo em liberdade.
Do primeiro grupo fazem parte Rog�rio Allan Rocha Rios, Erinaldo de Vasconcelos Silva e William Gomes de Miranda. Acusados de executar o crime, os tr�s est�o detidos desde 2004 em Contagem, na regi�o metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a acusa��o, os tr�s foram contratados por Francisco Elder Pinheiro, que morreu em janeiro deste ano, aos 77 anos de idade.
J� o fazendeiro Norberto M�nica; o empres�rio Hugo Alves Pimenta; o empregado de Pimenta, Jos� Alberto de Castro; e Humberto Ribeiro dos Santos devem ir a j�ri no pr�ximo dia 17 de setembro. A expectativa � que o fazendeiro Ant�rio M�nica, irm�o de Norberto, tamb�m v� a julgamento no mesmo dia. Acusados de encomendar e planejar a morte dos quatro servidores p�blicos, eles respondem ao processo em liberdade.
“Chamamos a aten��o da popula��o para que ela fique atenta aos resultados [do j�ri], a fim de que n�o se configure, al�m da morosidade [no julgamento], uma condi��o de impunidade”, declarou a ministra.