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Estado de Minas

Partidos fazem conta e se articulam para eleger candidatos em 2014

Legendas tentam estimar o n�mero de votos necess�rios para conseguir emplacar um parlamentar em 2014, mas esbarram nas indefini��es em torno das regras eleitorais


postado em 02/09/2013 06:00 / atualizado em 02/09/2013 08:05

A pouco mais de um ano das elei��es, os partidos em Minas j� est�o de calculadora nas m�os estimando quantos votos precisar�o para garantir uma cadeira na Assembleia Legislativa e na C�mara dos Deputados. Diferentemente de pleitos anteriores, o que tem complicado a matem�tica das legendas � a indefini��o em rela��o a alguns temas. Os partidos n�o sabem, por exemplo, se as coliga��es partid�rias continuar�o a vigorar. N�o sabem tampouco se ser� mantida a decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que aumentou o n�mero de cadeiras para a representa��o nos legislativos estadual e federal. Al�m disso, � grande a incerteza em rela��o ao efeito nas urnas das manifesta��es de rua iniciadas em junho – que podem se refletir no aumento do n�mero de votos brancos e nulos. Todos esses fatores alteram o chamado quociente eleitoral, que � o n�mero de votos necess�rios para que um partido garanta uma cadeira no Parlamento.

Nas �ltimas elei��es gerais, em 2010, o quociente eleitoral para a Assembleia Legislativa e para a C�mara dos Deputados aumentou em rela��o ao pleito de 2006, algo entre 6% e 7%, propor��o pr�xima ao crescimento do eleitorado mineiro no per�odo. Em 2006, para um partido conseguir eleger um deputado estadual precisou conquistar, entre votos dados aos candidatos de sua chapa e os votos conferidos � sua legenda, um m�nimo de 127.389. Quatro anos depois, para uma legenda eleger um deputado estadual, precisou de 136.206 votos nominais ou de legenda. J� para eleger um deputado federal, a legenda precisou de 184.747 em 2006 e de 196.478 votos nominais ou dados � legenda em 2010. Como entre 2006 e 2010 o eleitorado mineiro passou de 13.679.783 para 14.522.090, o aumento de 6% foi pr�ximo ao crescimento m�dio do quociente eleitoral entre as duas elei��es.

Entre as elei��es de 2010 e 2014, contudo, h� muitas incertezas que impactam o pleito. Que �nimo esperar do eleitorado no ano que vem, ap�s as manifesta��es de junho, � uma quest�o que atormenta os presidentes das legendas. “Acho que vai haver um crescimento grande de votos brancos e nulos. Nas redes sociais j� h� uma campanha nesse sentido se n�o for feita a reforma pol�tica”, afirma Saraiva Felipe, presidente do PMDB.

Como n�o houve reforma pol�tica – nem quest�es como o fim das coliga��es partid�rias dever�o ser apreciadas –, se aumentarem os votos brancos e nulos cair�o os votos v�lidos e, com eles, o quociente eleitoral. Ou seja, partidos pol�ticos precisar�o de menos votos nominais e de legenda para eleger um parlamentar. A tend�ncia de queda do quociente eleitoral se acentuar� se, aliado ao encolhimento dos votos v�lidos para as elei��es legislativas, for confirmado pelo Supremo Tribunal Federal o aumento de 77 para 79 cadeiras na Assembleia Legislativa e de 53 para 55 o porte da bancada federal mineira.

“A insatisfa��o poder� aumentar a absten��o, os brancos e nulos. Fazemos proje��es, mas tem um qu� de loteria”, afirma o presidente estadual do PSDB, Marcus Pestana. Como par�metro de largada, alguns partidos est�o optando por estimar o quociente eleitoral do ano que vem projetando o crescimento m�dio do eleitorado de 4% e ignorando as vari�veis de incerteza. O PR fez isso. A Executiva estadual da legenda indica um quociente eleitoral para a Assembleia Legislativa de 142 mil votos. Por esse ponto de partida, avaliando o potencial de votos os candidatos da chapa, o PR trabalha para atrair nomes que lhe garantam um desempenho eleitoral na elei��o de deputados estaduais melhor do que em 2010, quando foi eleito apenas um parlamentar: Deir� Marra.

Saiba mais

Quociente eleitoral


O quociente eleitoral � calculado a partir da soma de todos os votos nominais dados aos candidatos e legendas nas elei��es para deputado estadual ou federal dividida pelo n�mero de cadeiras a serem preenchidas naquela elei��o.

Exemplo
Nas elei��es de 2010 para a Assembleia Legislativa, os votos nominais e de legenda (v�lidos) conferidos a todos os candidatos a deputado estadual somaram 10.487.870. Como s�o 77 cadeiras a preencher, o quociente eleitoral � calculado dividindo -se 10.487.870 por 77. Assim, o quociente foi de 136.206. Um partido pol�tico ou coliga��o s� conquistou uma cadeira em 2010 se a sua chapa de candidatos a deputado estadual alcan�ou o quociente eleitoral. Se obteve duas vezes o quociente eleitoral, teve garantidas duas cadeiras. Se conquistou tr�s vezes o quociente eleitoral, garantiu tr�s cadeiras e assim sucessivamente. Assumiram essas cadeiras os candidatos com mais votos.


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