
Bras�lia - O l�der do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), apresentou nesta segunda-feira � Mesa Diretora da Casa um requerimento com voto de censura contra o governo norte-americano e � Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA, na sigla em ingl�s). O parlamentar tamb�m defendeu a "imediata" instala��o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito da Espionagem.
A rea��o do l�der do governo ocorre horas depois de uma reportagem veiculada neste domingo, 1º, pelo programa Fant�stico, da TV Globo, mostrar que em documentos da NSA, classificados como ultrassecretos, a presidente Dilma Rousseff aparece como alvo de espionagem.
A reportagem foi feita em coautoria com o jornalista Glenn Greenwald, correspondente do jornal brit�nico The Guardian que vive no Rio de Janeiro e revelou o esquema de espionagem eletr�nica do governo norte-americano, denunciado pelo ex-prestador de servi�o da NSA Edward Snowden. Os documentos, diz a mat�ria, foram entregues por Snowden a Greenwald durante um encontro dos dois em Hong Kong.
"Creio que chegou a hora de n�s do Parlamento darmos um voto de censura a essa postura da ag�ncia de informa��es americana e do governo americano, bem como estabelecer a instala��o imediata, nesta ter�a-feira, 3, da nossa CPI, para que possamos compreender e comprovar at� onde houve a extens�o dessa invas�o de soberania por parte dessa ag�ncia em nosso Pa�s", disse Braga ap�s apresentar no plen�rio o requerimento com o voto de censura.
A CPI citada pelo senador deve ser instalada nesta ter�a-feira no Senado. De autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a principio, tem como objetivo investigar as den�ncias de monitoramento de e-mails e telefonemas pelos Estados Unidos no Brasil.
Da tribuna, o l�der do governo no Senado, Eduardo Braga, tamb�m defendeu que organiza��es internacionais como a das Na��es Unidades adotem as devidas provid�ncias.
"Diante dessa demonstra��o de autoritarismo e de intoler�ncia, s� nos resta, no plano interno, adotar provid�ncias capazes de garantir a seguran�a do tr�fego das informa��es em nosso territ�rio e, no plano externo, recorrer � Organiza��o das Na��es Unidas e outras institui��es multilaterais, ligadas � estrutura��o das rela��es internacionais, para que elas atuem com urg�ncia".