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Estado de Minas

Visita de Dilma aos Estados Unidos poder� ser adiada

Por causa das den�ncias de espionagem dos Estados Undios, a visita de Estado de Dilma a Washington, prevista para 23 de outubro, est� sendo reavaliada


postado em 03/09/2013 06:00 / atualizado em 03/09/2013 07:26

Bras�lia – Ao fim de uma s�rie de reuni�es "de emerg�ncia" e de uma dura cobran�a de explica��es feita ao embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon, convocado ao Itamaraty, o governo brasileiro procurou deixar expressa a gravidade com que analisa as revela��es sobre a espionagem norte-americana nas comunica��es da presidente Dilma Rousseff por e-mail e telefone. O ministro das Rela��es Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, afirmou que espera ainda nesta semana uma resposta “satisfat�ria” de Washington, “por escrito”. E, embora nenhum ministro ou outra autoridade tenha mencionado oficialmente, a visita de Estado da presidente a Washington, prevista para 23 de outubro, est� sendo reavaliada – e corre o risco de ser adiada, em meio � mais s�ria crise diplom�tica recente com os Estados Unidos.

"N�o vou tratar hoje da viagem", limitou-se a dizer o chanceler na entrevista coletiva que concedeu, no Itamaraty, ao lado do ministro da Justi�a, Jos� Eduardo Cardozo, ap�s o encontro mantido com Dilma no Planalto. Al�m dos dois ministros, participaram os titulares da Defesa, Celso Amorim; das Comunica��es, Paulo Bernardo; da Comunica��o, Helena Chagas, e o secret�rio-geral da Presid�ncia, Gilberto Carvalho, que classificou o caso como uma "situa��o de emerg�ncia". Figueiredo n�o fez segredo quanto ao tom da conversa que mantivera de manh� com o embaixador americano. Assegurou que Shannon "entendeu muito bem" os protestos brasileiros e frisou que "o caso requer explica��es formais, por escrito". "Muitas vezes, se acha que diplomacia � dar um jeito de explicar as coisas de forma sinuosa. N�o �, n�o. As coisas, quando t�m de ser ditas de forma clara, elas s�o ditas de forma muito clara", afirmou. De acordo com o chanceler, embora os EUA celebrassem o feriado pelo Dia do Trabalho, Shannon comprometeu-se a informar � Casa Branca ainda ontem.

Cardozo, que esteve em Washington na semana passada para discutir o assunto, refor�ou que as revela��es feitas ao Fant�stico pelo jornalista Glenn Greenwald, com base em documentos vazados pelo ex-agente americano Edward Snowden, caracterizam "uma viola��o inadmiss�vel" � soberania do Brasil. "Se chega ao ponto de atingir a Presid�ncia da Rep�blica, o que n�o dizer dos cidad�os brasileiros e das empresas que atuam no territ�rio nacional?", questionou Cardozo. De acordo com a reportagem, a Ag�ncia de Seguran�a Nacional (NSA) dos EUA teria montado um organograma da rotina de comunica��es entre Dilma e v�rios colaboradores.

O conte�do dos documentos contraria explica��es dadas anteriormente pelo governo americano, segundo as quais o monitoramento de informa��es se limitava a dados sobre origem, destino e volume de comunica��es e n�o eram usados com finalidades pol�ticas ou econ�micas. "Quando a viola��o se d� n�o para investigar (fatos) il�citos, mas em uma dimens�o pol�tica e empresarial, sem sombra de d�vidas, a situa��o piora. E isso foi expressado ao governo norte-americano", garantiu Cardozo.

AMIGO OU INIMIGO? Em um dos documentos revelados, o Brasil � citado – com Egito, Ir�, Turquia, �ndia e M�xico – em um grupo de pa�ses cuja rela��o com os EUA � classificada como "incerta", podendo variar entre "amigo", "inimigo" ou "problema". "O Brasil � um pa�s democr�tico, em regi�o tamb�m democr�tica e est�vel, buscando conviv�ncia com parceiros que seja respeitosa", respondeu, indiretamente, o ministro Figueiredo. "Portanto, n�o pode permitir que seja considerado, nem em sonho, um pa�s de risco ou problem�tico".


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