Bras�lia - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva disse � reportagem que confia “em Deus e na Justi�a” para criar o seu novo partido a tempo de disputar as elei��es presidenciais do ano que vem. O prazo para a Rede Sustentabilidade obter o registro no Tribunal Superior Eleitoral termina em 5 de outubro.
“N�s fizemos o nosso trabalho e estamos recorrendo � Justi�a para que se d� o encaminhamento adequado para o desfecho desse processo”, disse Marina, ap�s dar uma palestra a executivos da Unilever em Mairipor�, na Grande de S�o Paulo, na �ltima segunda-feira, 2. A ex-senadora, que tem apoio da comunidade evang�lica, � conhecida por sua religiosidade.
“Agora, � confiar em Deus e na Justi�a”, afirmou, para, em seguida, acrescentar: “E a gente continua fazendo a coleta de assinaturas, indo nos cart�rios de manh�, de tarde e de noite. O que vai sendo certificado a gente vai enviando (ao TSE)”.
Com medo de estourar o prazo, a Rede ingressou na semana passada com o pedido de registro na Justi�a Eleitoral, mesmo sem cumprir os requisitos pr�vios para apresentar a solicita��o. No requerimento, alegava que os cart�rios estavam descumprindo os prazos para analisar as fichas de apoio e pedia para que as assinaturas fossem validadas via edital. Caso n�o houvesse nenhuma reclama��o ap�s a publica��o das listas, sugeria a Rede, as assinaturas deveriam ser consideradas v�lidas.
O pedido foi negado pela relatora do processo, ministra Laurita Vaz, mas ela cobrou agilidade dos cart�rios e dos tribunais regionais eleitorais.
Uma semana depois, a Rede contabiliza alguns avan�os. Antes, tinha 304 mil assinaturas. Agora, s�o 330 mil. Na semana passada, havia apenas um diret�rio estadual, agora conseguiu registrar sete. Para criar um partido, por�m, a legisla��o exige 492 mil assinaturas certificadas e a cria��o de pelo menos nove diret�rios estaduais.
Apesar dos percal�os, Marina defende que o movimento Nova Pol�tica criado por ela em 2011, assim que deixou o PV, mobilizou centenas de apoiadores e que, por isso, teria legitimidade para se tornar um partido.
“Todo mundo reclama que s�o criados partidos que ficam dentro de uma pasta. Quando algu�m tem base social, e fala dessa base social, n�o deve ser interpretado como se estivesse amea�ando as institui��es. Pelo contr�rio, est� fazendo aquilo que tanto se cobra de um partido.”
Plano B
A ex-senadora disse ainda que confia na formaliza��o da Rede e afirmou n�o ter autorizado nenhum aliado a falar com outras legendas sobre 2014. “Eu n�o pedi para ningu�m fazer conversas nem sobre plano B, nem C, nem D. N�s estamos focados no plano A. Temos muita confian�a na integridade e na idoneidade da Justi�a brasileira”, afirmou.
Prov�vel candidata � Presid�ncia em 2014, Marina est� em segundo lugar nas pesquisas de inten��o de voto. De acordo com um interlocutor pr�ximo � ex-senadora, o sentimento � o de que ela deve disputar as elei��es do ano que vem mesmo se a Rede n�o conseguir o registro no TSE.