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Estado de Minas

Marina evita, mas aliados j� discutem futuro sem Rede

A ex-minsitra se recusa a discutir, mesmo a portas fechadas, um plano B para a sucess�o presidencial de 2014


postado em 01/09/2013 11:18 / atualizado em 01/09/2013 11:23

Segunda colocada nas pesquisas eleitorais, Marina Silva se recusa a discutir, at� mesmo a portas fechadas, um plano B para a sucess�o presidencial de 2014 se n�o conseguir registrar seu partido, a Rede de Sustentabilidade, dentro do prazo exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral. Apesar da cautela da ex-senadora, dirigentes da Rede que s�o detentores de mandato parlamentar j� come�am a pensar no futuro caso o projeto naufrague.

Para poder ter candidatos em 2014, a Rede precisa ser criada at� 5 de outubro, mas tem enfrentado dificuldades para certificar as 492 mil assinaturas necess�rias para obter o registro.

Sem uma legenda pr�pria, Marina teria de procurar um partido para abrigar seu projeto de poder que oferecesse "um m�nimo de conforto program�tico", como diz um operador pol�tico da Rede. O espectro � pequeno, mas traz op��es. A mais vi�vel seria o retorno ao PV, sua antiga legenda. Outras alternativas aceit�veis seriam o PDT, PPS e at� o novato PEN, que poderia ser moldado � imagem e semelhan�a de Marina.

Todas essas siglas se dizem abertas ao di�logo e j� abrigam militantes ligados a Rede. O problema � que uma eventual migra��o poderia deixar os parlamentares do grupo sem mandato, j� que a lei s� permite mudan�a para partidos rec�m-criados.

Para a maioria dos pol�ticos que est�o na linha de frente do movimento pela cria��o da Rede, a perman�ncia em suas atuais legendas se tornou insustent�vel. Deputado federal eleito pelo Rio, Alfredo Sirkis explodiu pontes com o PV, partido que ajudou a criar. Ele j� sabe que n�o seria f�cil conseguir a legenda para tentar renovar o mandato. "O grupo do (Jos� Luiz) Penna (presidente nacional do PV) quer ver a minha caveira", afirma. "Se eu quiser, sou candidato pelo PV pelas vias legais. Mas eu n�o sei se quero isso. Estou extremamente calmo, enfrentando essa situa��o com muita tranquilidade, at� porque eu n�o sou pol�tico, estou pol�tico."

O mesmo dilema vive o deputado federal Domingos Dutra (PT-MA). Ele anunciou publicamente que n�o fica na sigla se os petistas mantiverem a alian�a com a fam�lia Sarney no Estado, hip�tese mais prov�vel. Dutra n�o esconde que, caso a Rede n�o saia do papel, vai buscar outras alternativas. "Estou acompanhando (o processo no TSE), mas s� vou pensar numa alternativa a partir do dia 20 de setembro. A� eu vou ver se fico no PT ou se vou para outra sigla". PSOL, PDT e PSB j� se ofereceram para abrigar o dissidente.

Na semana passada, o diret�rio paulistano do PSDB aprovou a expuls�o do deputado federal Walter Feldman (SP). A decis�o n�o deve ser endossada pelas demais inst�ncias da sigla, mas criou um constrangimento caso o parlamentar decida ficar entre os tucanos. "Apesar da iniciativa do diret�rio municipal, eu tenho uma rela��o muito carinhosa com o PSDB. Se a Rede n�o sair, n�o veria problema em ficar no partido", desconversa Feldman.

Embora tenha mandato garantido at� 2016 na C�mara Municipal do Rio, o vereador Jefferson Moura j� foi comunicado que n�o ter� mais espa�o nenhum em seu partido, o PSOL. "Ele est� em um mato sem cachorro. Nem o grupo dele o aceitaria de volta", afirma o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). J� a ex-senadora e hoje vereadora em Macei� Helo�sa Helena, ex-presidente do partido e aliada de Marina, teria espa�o para negociar. "Ela tem se distanciado muito da dire��o do PSOL at� em Alagoas, mas foi uma fundadora do partido. Levar�amos isso em considera��o", pondera o deputado Ivan Valente (SP), presidente nacional da legenda.

Obst�culos


Com medo de ficar de fora da disputa eleitoral do ano que vem, a Rede ingressou na segunda-feira com o pedido de registro no TSE mesmo sem cumprir os requisitos pr�vios para apresentar a solicita��o. At� agora, o grupo conseguiu certificar cerca de 60% das assinaturas necess�rias e criou apenas um dos nove diret�rios estaduais exigidos pela lei.

Para agilizar o processo, os 'marineiros' chegaram a pedir para que as assinaturas de apoio � cria��o da legenda fossem validadas pelos cart�rios eleitorais sem a checagem da veracidade dos dados apresentados. O pedido foi negado pela ministra Laurita Vaz, relatora do caso.

Outras 200 mil assinaturas ainda aguardam o crivo dos cart�rios, mas o n�mero pode n�o ser o suficiente, devido ao elevado �ndice de rejei��o das fichas em alguns Estados. Nesta segunda-feira, a Executiva provis�ria da sigla se re�ne em Bras�lia para fazer um balan�o da situa��o.


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