Justi�a manda soltar acusado de comandar a Chacina de Felisburgo

Acusado de comandar a Chacina de Felisburgo, em que cinco trabalhadores sem-terra foram mortos na Fazenda Nova Alegria, no Vale do Jequitinhonha, em 2004, o fazendeiro Adriano Chafik Luedy conseguiu alvar� de soltura para aguardar o julgamento em liberdade. A expectativa era de que ele sairia ontem da penitenci�ria Nelson Hungria, em Contagem, onde estava preso havia 18 dias. A pris�o preventiva atendeu a um pedido do Minist�rio P�blico, no dia em que o julgamento de tr�s dos 15 acusados foi adiado pela quarta vez, em agosto. Na ocasi�o, o advogado de Chafik, que mora na Bahia e passa por tratamento de quimioterapia, n�o compareceu � sess�o e o juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes considerou que os r�us foram beneficiados por brechas na lei. Um novo julgamento foi marcado para o dia 10 de outubro. Na �ltima audi�ncia, o juiz entendeu que os r�us soltos poderiam tentar adiar novamente o julgamento e por isso decidiu mant�-los preso.

O crime aconteceu no acampamento Terra Prometida, instalado na fazenda de Chafik. De acordo com a den�ncia do MP, foi ele quem comandou o ataque. Depois da invas�o do movimento, o fazendeiro entrou na Justi�a com a��o de reintegra��o de posse, mas perdeu e as terras foram demarcadas em favor dos assentados. Revoltado, ele teria passado a fazer amea�as, at� que reuniu 14 homens e liderou o ataque contra homens, mulheres e crian�as. Cinco pessoas morreram e 12 ficaram feridas.

INCRA INVADIDO

Cerca de 400 integrantes da Liga dos Camponeses Pobres (LCP) do Norte de Minas invadiram no in�cio da tarde de ontem a sede do Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria (Incra) na Avenida Afonso Pena, em BH, e mantiveram mais de 100 funcion�rios presos no local. Os servidores foram obrigados a permanecer no pr�dio durante cerca de duas horas, at� que a Pol�cia Militar foi acionada e negociou a liberta��o deles. Os camponeses s�o de cidades do Norte de Minas e vieram para Belo Horizonte na tarde de segunda-feira, em oito �nibus alugados pelo grupo, e disseram representar cerca de 5 mil fam�lias de assentados. Entre outras reivindica��es, eles querem a titularidade de terras que hoje ocupam. At� o fechamento desta edi��o eles permaneciam na sede do Incra � espera de uma reuni�o com o superintendente do �rg�o, Danilo Ara�jo, que estava viajando.