O julgamento dos r�us da chacina de Felisburgo pode ser adiado pela terceira vez este ano. Segundo o Tribunal de Justi�a de Minas Gerais, a defesa de Adriano Chafik - acusado de ser o mandante do crime -, entrou com pedido de adiamento da sess�o marcada para esta quarta-feira no F�rum Lafayette, em BH. A raz�o do pedido ainda n�o foi informada pelo TJ e nem pelo Minist�rio P�blico, respons�vel pela acusa��o. Ainda segundo o Tribunal de Justi�a, a decis�o sobre o poss�vel adiamento s� deve ser tomada na abertura da sess�o de amanh�.
Al�m de Chafik, v�o ser julgados Washington Agostinho da Silva, Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza. Eles s�o acusados de invadir a Fazenda Nova Alegria, no munic�pio de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Segundo informa��es divulgadas pelo TJ nessa segunda-feira, o julgamento ser� presidido pelo juiz do 2° Tribunal do j�ri do F�rum Lafayette, Glauco Fernandes. O quinto r�u que seria julgado, Adilson Rodrigues Lima, j� morreu. A transfer�ncia do j�ri para Belo Horizonte foi solicitada para garantir a imparcialidade e a seguran�a dos envolvidos.
De acordo com a den�ncia do Minist�rio Publico em Minas, Adriano Chafik teria ordenado o ataque � fazenda, ap�s ter perdido uma a��o de reintegra��o de posse, ganha pelo Movimento Sem Terra (MST), que ocupava o local. Ap�s a decis�o da Justi�a, ele teria reunido um grupo que passou a amea�ar os assentados. Conforme o MP, no dia 20 de novembro, Chafik comandou um ataque � fazenda. Cinco pessoas foram mortas e outras 12 ficaram feridas. Al�m da escola do acampamento, 27 casas foram incendiadas. O terreno, do qual Adriano alegava ser dono, era propriedade p�blica.
Os quatro homens ser�o julgados pelos crimes de homic�dio qualificado, tentativa de homic�dio e inc�ndio. J� Adriano, acusado de ordenar o ataque, responde tamb�m por forma��o de quadrilha. Inicialmente, os r�us respondiam pelos crimes em dois processos distintos. Por economia processual e com vistas a agilizar o julgamento - j� que os quatro estavam sendo acusados de participar do mesmo crime e, principalmente por estarem os autos no mesmo momento processual -, o juiz Glauco Soares determinou a reuni�o dos processos, decis�o acolhida pelo MP e pela defesa dos acusados. As testemunhas ser�o ouvidas por carta precat�ria, conforme informou o TJ.