
A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que criou o Programa Mais M�dicos porque ouviu a demanda da popula��o. Em discurso durante cerim�nia de an�ncio da constru��o da Linha 3 do metr� do Rio, Dilma disse que � obriga��o de um governo conhecer as necessidades do povo.
“O governo n�o pode ser surdo. Um governo tem de ouvir muito. E, al�m de ouvir, sabemos que o Brasil tem um problema s�rio na �rea da sa�de. Por isso, n�s fizemos o Mais M�dicos”, disse a presidente.
Ela rebateu as cr�ticas da classe m�dica brasileira, que se posicionou contra o uso de m�dicos estrangeiros pelo programa. “Quando est� em quest�o os intersses da popula��o do pa�s, n�o existe nenhum interesse maior, [nem o interesse] de nenhuma corpora��o, de nenhum segmento. N�s respeitamos os m�dicos desse pa�s, porque eles sempre deram uma grande contribui��o. Agora, temos uma avalia��o faltam m�dicos. Por isso, criamos o Programa Mais M�dicos”, afirmou.
Segundo Dilma, onde faltar m�dicos, o governo far� o “poss�vel e o imposs�vel” para garantir que haja profissionais dispon�veis. “N�s temos no Brasil uma car�ncia tamanha que, em 701 munic�pios, n�o moram nenhum m�dico. Se, de noite, uma crian�a tiver um problema, e n�o tem um m�dico para atender, olha o desespero de um pai ou de uma m�e. Estamos querendo resolver um problema de car�ter emergencial e urgente, porque a sa�de das pessoas n�o pode esperar at� que os m�dicos se formem.”
Ela explicou que, ao mesmo tempo em que est� trazendo m�dicos de outros pa�ses para trabalhar no Brasil, o governo pretende aumentar a forma��o de m�dicos no interior do pa�s e na periferia das grandes cidades. “Est� provado que geralmente o m�dico fica onde ele se forma ou onde faz sua resid�ncia. Vamos ampliar tamb�m o n�mero de m�dicos especialistas e, portanto, as oportunidades de resid�ncia.”
De acordo com a presidente, o Brasil n�o est� fazendo nada diferente do que outros pa�ses, inclusive “ricos” fazem. Ela citou que pa�ses como o Canad�, Estados Unidos e Reino Unido tem mais de 25% da sua for�a de trabalho m�dica formada por estrangeiros. No Brasil, esse percentual � de menos de 2%.
Outra a��o prevista do governo � melhorar a infraestrutura dos hospitais, por isso ela apoiou a destina��o de 25% dos royalties do petr�leo para a sa�de e defende que 50% das emendas parlamentares sejam revertidas para essa �rea.
Na cerim�nia, foram anunciados investimentos de R$ 2,57 bilh�es para a implanta��o de uma linha de monotrilho de 22 quil�metros que vai ligar S�o Gon�alo a Niter�i, no Grande Rio (a chamada Linha 3 do metr�). Segundo a presidenta, o modal ser� importante para aliviar o tr�nsito na regi�o e aproximar os moradores de seu trabalho e estudo, reduzindo o tempo do trajeto. Dilma disse que nas d�cadas de 80 e 90, os governos diziam que investir em metr� era coisa de pa�s rico, por isso agora � preciso “correr atr�s do preju�zo”.
Antes do in�cio do evento no Clube Mau� de S�o Gon�alo, alguns manifestantes vestidos de preto protestavam, do lado de fora, contra quest�es como o voto secreto no Congresso Nacional e a proibi��o do uso de m�scaras nas manifesta��es do Rio de Janeiro.