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Estado de Minas

Pol�ticos se despedem do ex-ministro Luiz Gushiken

Dilma, Lula, mensaleiros, amigos e parentes do ex-ministro da Secretaria de Comunica��o acompanharam em S�o Paulo funeral de um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores


postado em 15/09/2013 00:12 / atualizado em 15/09/2013 07:37

(foto: NELSON ANTOINE)
(foto: NELSON ANTOINE)


Amigos, familiares e muitos pol�ticos prestaram ontem as �ltimas homenagens ao ex-ministro Luiz Gushiken, de 63 anos. “China”, como era conhecido entre os mais pr�ximos, comandou a Secretaria de Comunica��o no primeiro mandato do governo de Luiz In�cio Lula da Silva e morreu na noite de sexta-feira, em S�o Paulo, ap�s uma luta de 12 anos contra um c�ncer no intestino. Al�m de Lula e muitos correligion�rios, a presidente Dilma Rousseff foi se despedir do amigo.

Pela manh�, durante encontro do PT em S�o Paulo, Lula declarou que Gushiken sofreu ap�s ser acusado de envolvimento no mensal�o. O STF o inocentou no ano passado. O ex-presidente chorou bastante. “Eu sei o que sofreu com as inf�mias que levantaram contra ele. Sofreu muitos anos, de um lado com a doen�a e de outro com a persegui��o”, disse. Na quinta-feira, a maior estrela petista visitou Gushiken no hospital. “Era um cad�ver em cima de uma cama � espera de um descanso. N�o merecia ter sofrido o quanto sofreu”, comentou Lula.

“Em 2002, quando eu fui candidato, ele tinha tirado uma parte do est�mago, do intestino. Ele me levou � vit�ria nas elei��es de 2002”, lembrou o ex-presidente. O ex-ministro da Casa Civil Jos� Dirceu e os deputados Jo�o Paulo Cunha e Jos� Genoino, condenados no mensal�o, tamb�m estiveram no vel�rio. Na sa�da, Genoino n�o quis conversar com a imprensa. Disse apenas que “o sil�ncio fala por mim”. Em seu blog, Dirceu afirmou que a den�ncia de peculato contra Luiz Gushiken no mensal�o foi “uma das maiores injusti�as da A��o Penal 470”.

O corpo do petista foi velado durante toda a manh� de ontem. Logo depois de chegar ao Cemit�rio do Redentor, no Bairro do Sumar�, na Zona Oeste de S�o Paulo, �s 7h20, familiares pediram que a imprensa n�o acompanhasse o vel�rio dentro da capela. O enterro ocorreu �s 16h. Um pouco antes, �s 15h20, a presidente Dilma Rousseff chegou ao local acompanhada de Lula e dos ministros da Educa��o, Aloizio Mercadante, e da Sa�de, Alexandre Padilha. O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP), l�der do governo na C�mara, e o ex-ministro da Justi�a e advogado de r�us do processo do mensal�o M�rcio Thomaz Bastos tamb�m estiveram presentes.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) afirmou que as acusa��es contra Gushiken contribu�ram para agravar o quadro de sa�de. “Eu acho que inevitavelmente todo esse processo certamente contribuiu para enfraquec�-lo e diminuir a resist�ncia dele. O c�ncer se espalhou pelo corpo e ele retirou diversos �rg�os e fez in�meras cirurgias. Ent�o, o sofrimento por causa desse processo acabou penalizando bastante a ele pr�prio. Mas acho que foi muito importante para ele e para a fam�lia saber que ele foi inocentado”, disse.

TRAJET�RIA Fundador do PT, Luiz Gushiken, paulista de Oswaldo Cruz, iniciou a caminhada pol�tica como representante do Sindicato dos Banc�rios de S�o Paulo. Quatro anos depois, virou presidente da entidade de classe e liderou uma das maiores greves da categoria. Administrador de empresas, Gushiken se aproximou de Lula justamente por meio do movimento sindical. No PT, o ex-ministro integrava a tend�ncia Liberdade e Luta, uma das alas mais radicais da sigla. Na ditadura, o petista foi preso quatro vezes no DOI-Codi em raz�o de sua milit�ncia pol�tica. Em uma das vezes, acabou detido por organizar um gigante jogo de xadrez no Centro de S�o Paulo para arrecadar fundos e tirar Lula da pris�o.
Deputado federal constituinte, em 1988, Gushiken assumiu a Presid�ncia do PT um ano depois e foi um dos coordenadores da campanha derrotada de Lula contra o hoje senador Fernando Collor de Melo. Em 2003, virou ministro. Pediu demiss�o em 2006, ap�s den�ncias feitas por um dirigente do Banco do Brasil de ter influenciado em fundos de pens�o de estatais por meio de consultorias de seus ex-s�cios.


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