Dilma diz que Bolsa Fam�lia mudou a cara do Brasil

Bras�lia - A presidente Dilma Rousseff fez nesta segunda-feira, ao participar do programa semanal Caf� com a Presidente, um balan�o dos dez anos do Bolsa Fam�lia. Ela dissse que nesse per�odo o programa "mudou a cara do Brasil", ao retirar milh�es de brasileiros e brasileiras da pobreza, e que hoje 13,8 milh�es de fam�lias recebem o benef�cio.

"Isso significa 50 milh�es de pessoas que passaram a viver com dignidade, que conquistaram uma vida melhor. Com esse programa, 36 milh�es de brasileiros e de brasileiras sa�ram e se mant�m fora da pobreza extrema", disse Dilma, ressaltando que para implantar o Bolsa Fam�lia foi preciso enfrentar cr�ticas, como as de quem chamava o programa de "bolsa esmola". A presidente lembrou que, durante a �ltima d�cada, o Bolsa Fam�lia foi ampliado e aperfei�oado e hoje � o maior programa de transfer�ncia de renda do mundo.

"N�o basta o PIB [Produto Interno Bruto] crescer, n�o basta a economia crescer, tem de crescer para todo mundo. Um pa�s desenvolvido � um pa�s que tem toda a sua popula��o vivendo com dignidade", acrescentou.

Dilma lembrou que t�m direito ao benef�cio as fam�lias com renda at� R$ 140,00 por m�s, por pessoa. O valor recebido varia de acordo com o n�mero de filhos e as caracter�sticas da fam�lia. O repasse dos recursos est� baseado em uma moderna tecnologia social, que inclui o cadastro dos benefici�rios, pagamento por cart�o e recebimento direto sem intermedi�rios, o que evita clientelismo.

A presidente destacou que al�m de complementar a renda das fam�lias, o programa incentiva a frequ�ncia escolar, na medida em que as crian�as inclu�das t�m que ter pelo menos 85% de presen�a na sala de aula. Ele tamb�m melhora as condi��es de sa�de dessa parcela da popula��o, j� que as gr�vidas que recebem os recursos precisam fazer o pr�-natal e as m�es t�m que manter a carteira de vacina��o das crian�as em dia. O resultado, segundo Dilma, � que a taxa de abandono da escola por crian�as do Bolsa Fam�lia � muito menor que a dos demais alunos, a taxa de aprova��o deles � igual � de todos os outros alunos, e a mortalidade infantil no pa�s caiu 40% nos �ltimos dez anos, principalmente no Nordeste.

"N�s tamb�m estamos providenciando creches e educa��o em tempo integral para as crian�as e para os jovens do programa. E mais: nas creches do Bolsa Fam�lia, onde tem sobretudo crian�as do programa, n�s colocamos mais 50% do valor para os prefeitos poderem atender a essas crian�as com o acompanhamento pedag�gico integral", disse.

A presidente lembrou que outras a��es do governo federal complementam o Bolsa Fam�lia, como o Microempreendedor Individual, por meio do qual mais de 300 mil benefici�rios ampliaram seus rendimentos abrindo ou formalizando pequenos neg�cios, e o Brasil sem Mis�ria, que prev� que nenhum brasileiro tenha renda menor que R$ 70 por m�s e garante vagas em cursos de qualifica��o aos benefici�rios.