
Antes mesmo da conclus�o do voto do ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello, na tarde desta quarta-feira, 18 o ex-deputado Roberto Jefferson mostrava confian�a de que os embargos infringentes seriam aceitos e o Supremo Tribunal Federal far� um novo julgamento do mensal�o. Jefferson diz que n�o tem assistido �s sess�es do Supremo, mas foi informado por assessores e pelo advogado que est� praticamente garantida a decis�o em favor dos r�us.
Embora n�o seja diretamente beneficiado pelo novo julgamento, Jefferson comemorou: "Recebo com muita humildade. O Supremo afirma assim que a democracia n�o � o regime da passeata, � o regime da lei. O juiz n�o pode se submeter � press�o popular", afirmou Jefferson, por telefone, ao grupo Estado.
O delator do esquema do mensal�o disse ainda n�o ter certeza se, tecnicamente, os r�us que n�o ser�o diretamente beneficiados pelos embargos infringentes poder�o ter as penas reduzidas.
Sobre a possibilidade de o novo procurador geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pedir a execu��o imediata das penas dos r�us que n�o ter�o novo julgamento, o ex-deputado afirmou: "As penas ter�o que ser executadas. Ent�o, que se executem as penas e se evite postergar o sofrimento. � o que tem que ser."
Jefferson disse, por�m, que ainda n�o sabe na pr�tica como ser� o cumprimento do regime semiaberto que cabe no caso de sua condena��o que � de 7 anos e 14 dias, pelos crimes de corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado foi beneficiado com a redu��o de um ter�o da pena por ter sido o respons�vel pela den�ncia do mensal�o. Com isso escapou do regime fechado. A condena��o dele foi un�nime no caso de corrup��o passiva e por 8 votos a 2 no caso de lavagem de dinheiro.
O ex-deputado disse que evita assistir �s sess�es do Supremo na televis�o. "� muito espancamento moral p�blico, muito sofrimento". Jefferson disse estar bem de sa�de, depois do tratamento de quimioterapia que se seguiu a uma cirurgia para retirada de um c�ncer no p�ncreas em julho do ano passado. Ele tem cuidado de algumas sequelas do tratamento, como problemas nos dentes que o obrigaram a fazer cinco implantes. "Gra�as a Deus os marcadores de c�ncer deram negativo. Agora � s� ficar no acompanhamento. N�o tenho medo de nada na vida, s� de dentista", brincou o ex-deputado.