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Estado de Minas

Fraudes em fundos de pens�o municipais causou preju�zo de R$ 50 milh�es

A lavagem de dinheiro movimentou R$ 300 milh�es em um ano e meio e causou preju�zos de R$ 50 milh�es a fundos de pens�o municipais


postado em 20/09/2013 09:01 / atualizado em 20/09/2013 09:27

Bras�lia e S�o Paulo - A Opera��o Miqueias, deflagrada nessa quinta-feira pela Pol�cia Federal, desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 300 milh�es num per�odo de um ano e meio e causou preju�zos de R$ 50 milh�es a fundos de pens�o municipais. Relat�rio da Delegacia de Repress�o a Crimes Financeiros da PF, ao qual o Estado teve acesso, relaciona entre os contatos do grupo criminoso deputados federais, estaduais e, pelo menos, um senador. H� men��o, ainda, nos di�logos, a um ministro, mas a Pol�cia Federal n�o informa quem seria.

O esquema consistia em aliciar agentes p�blicos para que as prefeituras investissem o dinheiro dos fundos de pens�o em t�tulos indicados pelo grupo. Em troca, o gestor recebia uma parte do dinheiro.

Esses investimentos eram em t�tulos com baixa remunera��o, o que causou preju�zos em fundos de pens�o de dez munic�pios. No total, 20 pessoas foram presas, entre eles o policial civil aposentado do Distrito Federal Marcelo Toledo, r�u no processo do mensal�o do DEM, e o doleiro Fayed Traboulsi. Por causa da proximidade de integrantes do esquema com pol�ticos, a PF ir� enviar parte da investiga��o para a Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Durante a investiga��o, o deputado federal Leandro Vilela (GO) foi fotografado ao lado dos deputados estaduais Daniel Vilela e Samuel Belchior, todos do PMDB, em almo�o com Luciane Hoepers - uma das operadoras do esquema, segundo a PF. Belchior � presidente do partido em Goi�nia.

O deputado federal Lu�s Tibet (PTdo B-MG) tamb�m � citado numa conversa entre uma lobista e uma “pastinha”, como a PF identifica operadores do grupo criminoso. “ Lembra que eu te falei do Lu�s Tibet, o deputado que est� me querendo puxar pro partido dele, tudo? A� falei com ele... pra ele abrir tal os munic�pios deles a� eu ia pro partido dele e tudo”, disse Marta Lan�a - uma das investigadas, considerada pe�a-chave no esquema -, conforme o relat�rio da PF. “O di�logo � bastante esclarecedor para dar uma ideia da jogada pol�tica que � feita envolvendo deputados e os respectivos munic�pios de sua base aliada”, concluem os agentes federais.

Lavagem

A Pol�cia Federal apurou tamb�m lavagem de dinheiro. Trinta empresas foram criadas pelo grupo, constitu�das em nome de laranjas. Somente uma das empresas do esquema, a MC Incorpora��es e Consultoria movimentou R$ 63,5 milh�es entre julho de 2011 a mar�o de 2012. Os dois esquemas eram operados pelas mesmas pessoas. O comando da opera��o era de Fayed Traboulsi, que a PF descreve como “um dos maiores doleiros de Bras�lia”, e Marcelo Toledo.

A PF fez nessa quinta-feira busca e apreens�o em 38 endere�os de nove Estados mais o DF e tinha mandados de pris�o de 22 pessoas tempor�ria e preventiva. Tamb�m foi pedida a pris�o de Carlos Eduardo Carneiro Lemos, o Dudu, tamb�m apontado como um dos l�deres do grupo.

Ligado ao l�der do PMDB na C�mara, deputado Eduardo Cunha (RJ), Dudu estava foragido at� o fechamento desta edi��o. Ele � conhecido como um eficiente operador de fundo de pens�o. O deputado Leandro Vilela (PMDB-GO) diz n�o se lembrar do encontro com Luciana Hopers e n�o ter “rela��o com fundos de pens�o”.

O Estado tentou contato com o deputado federal Lu�s Tibet, mas as liga��es feitas nessa quinta-feira para seu gabinete n�o foram atendidas. Os advogados dos suspeitos presos n�o foram localizados.


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