Luiz Ribeiro
A Prefeitura de Pirapora, no Norte de Minas, troca de comando pela segunda vez em menos de uma semana. Ter�a-feira, assumiu interinamente a chefia do Executivo o presidente da C�mara Municipal, Orlando Pereira Lima (DEM), ap�s o prefeito Heliomar Valle da Silveira, o L�o Silveira (PSB), e seu vice, Esmeraldo Pereira Santos (PSB), terem sido afastados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), devido � den�ncia de uso da m�quina administrativa durante campanha eleitoral de 2012. Na noite da �ltima sexta-feira, por�m, L�o Silveira obteve liminar favor�vel do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e deve reassumir o posto amanh�.
A liminar do TSE foi concedida pelo ministro Castro Meira, ap�s mandado de seguran�a impetrado pelos advogados do prefeito, que come�ou a enfrentar problemas com a Justi�a Eleitoral antes ainda de tomar posse. No entanto, a vit�ria de L�o Silveira n�o p�e fim ao clima de instabilidade na Prefeitura de Pirapora, pois seu retorno � chefia do Executivo n�o � definitivo.
A decis�o do tribunal garante a perman�ncia de Silveira no cargo at� o julgamento dos embargos declarat�rios apresentados pela sua defesa na Justi�a Eleitoral. “Estou plenamente confiante de que vou permanecer no cargo, para poder implementar os projetos de nossa administra��o. Um prefeito eleito com mais de 50% dos votos n�o � intoc�vel. Mas deve ser tratado com cautela. Diante de qualquer den�ncia, somente pode ser afastado ap�s o caso ter transitado em julgado”, afirma Silveira, que nega as den�ncias de uso da m�quina administrativa em sua campanha eleitoral.
O prefeito de P�rapora e seu vice foram afastados inicialmente por decis�o da Justi�a em primeira inst�ncia, que foi confirmada pelo TSE. Segundo den�ncia, agentes de sa�de da prefeitura teriam recebido ordens para convocar gestantes para uma palestra dentro de um hospital municipal da cidade durante a campanha de 2012. O evento foi usado para grava��o de programa eleitoral do ent�o candidato a prefeito do PSB. “A den�ncia n�o se refere a nenhum um ato em que eu prometi a algu�m, eu subornei algu�m, eu comprei algu�m, eu doei alguma coisa, o que � vedado. A acusa��o � de ato praticado por terceiros durante a campanha. N�o tem nada a ver comigo”, defende-se o prefeito piraporense.