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Estado de Minas

Comiss�o da Verdade vai propor que DOI-Codi no Rio seja transformado em centro de mem�ria


postado em 23/09/2013 15:59

Mais de um m�s depois e duas visitas adiadas, integrantes das comiss�es Estadual da Verdade do Rio de Janeiro e parlamentares de comiss�es de Direitos Humanos fizeram hoje (23) uma visita ao antigo pr�dio do Destacamento de Opera��es de Informa��es-Centro de Defesa Interna (DOI-Codi) na ditadura militar, e atualmente abriga o 1º Batalh�o de Pol�cia do Ex�rcito, na Tijuca, zona norte da cidade. A comiss�o e os parlamentares presentes na visita v�o solicitar ao Minist�rio da Defesa e ao Ex�rcito que o pr�dio seja transformado em centro de mem�ria.

Segundo o presidente da comiss�o Estadual da Verdade, Wadih Damous, todas as depend�ncias foram mostradas � comiss�o. “Considero o dia de hoje um dia hist�rico. Pela primeira vez na democracia, uma comitiva de entidades da sociedade civil e parlamentares de comiss�es da verdade puderam entrar nas depend�ncias desse local t�o macabro”.

Damous informou que vai encaminhar um of�cio ao ministro da Defesa, Celso Amorim, e ao Comandante do Ex�rcito, Enzo Peri, pedindo esclarecimento de epis�dios que ocorreram no DOI-Codi relacionados a desaparecimento de pessoas e � uma carta bomba enviada para a Ordem dos Advogados do Brasil h� 33 anos. H� informa��es de que os jornalistas M�rio Alves e Rubens Paiva foram torturados no local.

Membro da comiss�o, o jornalista e professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica (PUC), �lvaro Caldas, que esteve preso no local duas vezes (1970 e 1973),serviu de guia da comiss�o e apontou as depend�ncias onde foram executadas torturas.

“Mais de 800 pessoas passaram por aqui. Urbanisticamente, mudou a configura��o, mas reconheci o Pelot�o de Investiga��es Criminais, PIC, e a cela da tortura, a chamada cela roxa”, disse.

De acordo com o senador Jo�o Capiberibe (PSOL-AP), a visita serviu para aproximar a comiss�o do Ex�rcito. “O fato de nos negarem [Ex�rcito] informa��o hist�rica mostra que h� um tabu e que cabe a n�s rompermos esse tabu dentro do Ex�rcito. Vamos procurar o comandante para termos uma discuss�o com o Ex�rcito e n�o apenas com a sociedade brasileira que n�s vivemos uma p�gina cruel de repress�o e viol�ncia”, disse o senador.

A deputada estadual, Luiza Erundina (PSB), que havia sido proibida de entrar na segunda visita, o que acarretou o adiamento da comiss�o, disse que at� hoje n�o sabe o motivo da recusa de sua entrada no quartel.

No momento da entrada no quartel, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) tentou participar da visita e se desentendeu com o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que tentou evitar a entrada do parlamentar. Randolfe acusou Bolsonaro de ter lhe dado um soco na barriga, mas Bolsonaro negou a agress�o. Bolsonaro acabou n�o participando da visita, mas ficou no quartel at� o fim.

“Vim porque sou parlamentar e tenho o direito de participar se quiser. Vim acompanhar”, alegou o deputado, que n�o faz parte da comiss�o. “Tortura � uma arma de guerra. Pratica-se no mundo inteiro. Deve ter havido um tratamento mais en�rgico aqui sim e mereciam se houve, porque queriam impor aqui o socialismo”, argumentou Bolsonaro.

O senador Randolfe disse que n�o vai prestar queixa contra Bolsonaro. “Ele quer protagonismo e n�o vamos dar esse protagonismo a ele. Ele nos agrediu na entrada covardemente, mas n�o cumpriu o seu objetivo que era impedir essa visita”, disse.


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