
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou nesta ter�a-feira a decis�o do procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, de garantir aos procuradores dos quatro ramos do Minist�rio P�blico da Uni�o (MPU) direito de viajar ao exterior em classe executiva, espa�o com mais conforto aos passageiros nas aeronaves. A medida, que foi tomada um dia ap�s a posse de Janot e publicada no Di�rio Oficial da Uni�o na semana passada, contempla cerca de 2,1 mil integrantes do MPU.
"C� entre n�s, a primeira medida do procurador-geral n�o precisava ser essa", afirmou Pedro Simon, em discurso no plen�rio do Senado. Conforme revelou na noite desta segunda-feira, 23, a decis�o diferencia os procuradores dos demais servidores do �rg�o. Na maioria dos casos, os funcion�rios comuns ter�o direito a viajar de classe econ�mica, enquanto que os procuradores, de executiva.
O senador peemedebista, que fazia um pronunciamento elogioso a uma entrevistada dada por Janot no final de semana, leu a maior parte da reportagem ao final do discurso. Simon se mostrou surpreso com o coment�rio feito pelo subprocurador-geral da Rep�blica Brasilino Santos favor�vel ao uso da classe executiva de que "ou � um procurador ou � um descamisado".
"N�o creio que se diga que classe executiva seja classifica��o de ordem de dignidade e de seriedade", comentou Simon. Ele disse que "com a maior tranquilidade" espera que Janot tome as providencias cab�veis para discutir com sua equipe o que fazer diante de uma not�cia como essa.
Em entrevista, o vice-l�der do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), disse que, como parlamentar, voa com passagens sem quaisquer privil�gios. Ele defendeu "� um momento de dar exemplo", disse o tucano. "Se for viajar em classe executiva com recursos pr�prios, tudo bem. Mas pago com recursos p�blicos n�o d�", completou.
Assim como o tucano, o l�der do PT no Senado, Wellington Dias (PI), tamb�m considerou que n�o v� necessidade de se ter como "regra geral" o uso de voos executivos. Ele disse que exceto em casos especiais, como viagens longas e uma agenda para cumprir logo em seguida.
"O procurador-geral deve ter suas raz�es. Agora, no Parlamento e em outras �reas, isto � irrelevante (usar passagem executiva para voos aos exterior). O normal � que voc� possa viajar como outros passageiros", afirmou.