Poucas horas depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmar a cria��o do partido Solidariedade, o idealizador da legenda, Paulinho da For�a, se reuniu, na manh� desta quarta-feira, 25, com o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG). O tucano foi o primeiro dirigente partid�rio procurado pessoalmente por Paulinho, ap�s a decis�o da Corte Eleitoral. Na noite de ter�a-feira, 24, apesar das suspeitas de irregularidades na coleta das assinaturas, por um placar de 4 votos a favor e 3 contra, o TSE aprovou o registro do Solidariedade.
"Acho que o Paulinho e eu temos algo em comum, que � a vis�o de que esse ciclo de governo do PT em benef�cio do Brasil precisa ser encerrado", afirmou A�cio Neves. O senador tamb�m ressaltou as afinidades entre o PSDB e a legenda rec�m-criada.
"E vejo que existe afinidade, sim. A boa pol�tica fala de alian�as, alian�as program�ticas. � o que vamos construir daqui por diante para o processo pol�tico e democr�tico. A aprova��o do Solidariedade � um ponto extremamente positivo e a minha expectativa � que possamos construir no futuro um projeto juntos, a favor do Brasil", reiterou o senador mineiro.
O tucano tamb�m comemorou a possibilidade de o Solidariedade tirar alguns parlamentares de legendas da base aliada do governo Dilma Rousseff. Entre aqueles que devem perder parte da bancada para o novo partido est� o PDT e o PSD. Ambos os partidos det�m cargos no governo federal.
"Toda a a��o do governo at� aqui foi no sentido de permitir e fortalecer partidos que est�o nas suas bases de apoio. O Solidariedade talvez seja a primeira iniciativa exitosa de um partido que n�o esteja automaticamente alinhado com o governo federal e isso tem que ser saudado por n�s. A disposi��o que vejo do Paulinho � de se alinhar com um projeto de alternativa, de oposi��o, e ele � bem-vindo", frisou A�cio Neves.
Oposi��o
Paulinho ressaltou que se depender dele, o partido ser� de oposi��o � presidente Dilma Rousseff nas elei��es 2014. "Tenho hoje grandes diverg�ncias com a presidente Dilma pelo n�o cumprimento das quest�es trabalhistas que ela se comprometeu, antes das elei��es, e n�o cumpriu, abandonou as causas trabalhistas", criticou.
A atua��o da nova bancada no Congresso dever� ser, no entanto, "independente". Integrantes do Solidariedade se re�ne no in�cio da tarde desta quarta em Bras�lia para acertar o processo de filia��o e o estatuto.