Bras�lia - O governo desistiu de acabar com o fator previdenci�rio nas aposentadorias por tempo de contribui��o nesta gest�o da presidente Dilma Rousseff. O tema, pol�mico, foi usado como trunfo por Dilma em negocia��es para aplacar a ira de aposentados e sindicalistas no auge das manifesta��es de junho.
A altera��o do atual modelo, que reduz o valor das aposentadorias em at� 30%, deve ser oferecida como um benef�cio aos eleitores nos palanques de pol�ticos aliados durante a campanha de 2014. Assim, deputados e senadores em busca de novos mandatos poder�o apresentar-se como “solu��o pol�tica” para “for�ar” o governo a alterar a f�rmula de c�lculo. Hoje, h� quase 5 milh�es de aposentados e 48 milh�es de trabalhadores formais na ativa. “N�o � hora de tratar desse tema. Tiramos da prateleira, com as manifesta��es de junho, mas agora o assunto refluiu”, disse um ministro.
Nos bastidores, o governo estima um “refresco” de R$ 11 bilh�es aos aposentados, valor anual que a Previd�ncia Social passaria a gastar no caso do fim do fator previdenci�rio. O estoque dessa economia, segundo conta oficial com valores corrigidos, estaria pr�ximo de R$ 80 bilh�es desde 1999, quando o fator come�ou a ser usado como redutor de aposentadorias.
O governo avalia, ainda, que qualquer altera��o do modelo neste momento daria mais visibilidade ao Solidariedade, novo partido do deputado Paulo Pereira da Silva, que tamb�m comanda a opositora For�a Sindical, a segunda maior central sindical do Pa�s. Advers�rio declarado de Dilma, o deputado teria espa�o para faturar esse al�vio aos milh�es de aposentados.
Em reuni�o h� 40 dias com sindicalistas, no Pal�cio do Planalto, cinco ministros, coordenados por Gilberto Carvalho, prometeram tocar a reforma do fator previdenci�rio. Diante dos sinais de freada na agenda, e da retomada na popularidade de Dilma, a For�a Sindical j� prepara manifesta��o barulhenta para a pr�xima semana como forma de lembrar a promessa.
Na vis�o do governo, a substitui��o do fator por novo modelo ficaria “engatilhada” para 2015. Seria aplicada uma f�rmula de idade m�nima para as aposentadorias, algo semelhante ao que ocorre nos pa�ses ricos.
Na mesa de negocia��o, tamb�m est� a chamada “f�rmula 85/95”, que soma a idade dos trabalhadores ao tempo de contribui��o at� atingir o �ndice de 85 para mulheres e 95 para homens. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.