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Estado de Minas

Cria��o da Rede de Marina Silva est� sob press�o

A dois dias do julgamento do pedido de cria��o da sigla, Marina tenta convencer ministros do TSE a considerarem 95 mil assinaturas de apoio � sigla rejeitadas por cart�rios eleitorais


postado em 01/10/2013 06:00 / atualizado em 01/10/2013 08:05

Marina Silva, pré-candidata à Presidência pela Rede Sustentabilidade, em fase de registro(foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Brasilia )
Marina Silva, pr�-candidata � Presid�ncia pela Rede Sustentabilidade, em fase de registro (foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Brasilia )
Sem o n�mero m�nimo de 492 mil assinaturas certificadas pela cria��o da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva chega � antev�spera da sess�o na qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apreciar� a concess�o do registro do partido com a estrat�gia de convencer os ministros a considerarem 95 mil fichas rejeitadas na fase de coleta de apoios. Pressionada, a presidenci�vel apela para o discurso de que a Rede foi “injusti�ada” por cart�rios eleitorais, que, segundo ela, rejeitaram assinaturas “sem justifica��o”. Conforme n�meros do TSE, a sigla conta com 442 mil certid�es – 50 mil a menos que a quantidade exigida por lei. Marina, no entanto, se mostra confiante em uma decis�o favor�vel no julgamento, marcado para quinta-feira.


Relatora do processo, a ministra Laurita Vaz fixou prazo que se encerra �s 18h desta ter�a-feira para que o Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) se manifeste no processo. A magistrada afirmou ontem que n�o h� tempo h�bil para que o pedido de registro seja apreciado na sess�o extraordin�ria de amanh�, pois ela ter� que analisar o novo parecer do MPE. Assim, o Dia D da Rede ser� a quinta-feira, quando o TSE realizar� sua �ltima sess�o dentro do prazo final de 5 de outubro, um ano antes das elei��es de 2014.

A ex-senadora Marina Silva come�ou a semana decisiva para o futuro pol�tico reunida com a Executiva da Rede a fim de articular estrat�gias para que o partido receba o maior n�mero poss�vel de filia��es at� sexta-feira. Com um discurso de que a legenda representa um novidade no cen�rio pol�tico, ela contestou a declara��o do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em entrevista aos Di�rios Associados, de que ela deveria assumir que a Rede ser� um partido tal como os outros, e n�o uma rede. Ex-filiada ao Partido dos Trabalhadores, ela lembrou que o PT sofreu cr�ticas semelhantes quando foi criado na d�cada de 1980. “Diziam que n�s �ramos um partido que estava desconfigurando os partidos de esquerda. Era muito dif�cil convencer as pessoas de que naquela �poca o PT era uma atualiza��o da pol�tica para um novo sujeito pol�tico que estava surgindo”, afirmou a ex-senadora.

No primeiro parecer sobre a cria��o da Rede enviado h� 10 dias ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Eug�nio Arag�o, manifestou-se contra a cria��o da legenda pelo fato de a sigla n�o ter obtido a quantidade m�nima de assinaturas. Marina passou o dia de ontem na sede provis�ria da Rede, em Bras�lia, onde definiu a realiza��o de um ato simb�lico em apoio � cria��o da legenda, marcado para as 17h de hoje, na Pra�a dos Tr�s Poderes. “Queremos dar corpo e alma �quilo que estamos verbalizando e �quilo que estamos documentando junto � Justi�a em rela��o � perda dos prazos, � falta de par�metro, �s anula��es injustas de 95 mil assinaturas”, explicou a ex-senadora, que deve se reunir hoje com a presidente do TSE, C�rmen L�cia. A audi�ncia foi pedida ontem por Marina, que j� se reuniu com a maioria dos sete ministros da Corte eleitoral.

Diante do curto prazo para a filia��o de pol�ticos � nova legenda, a Rede j� organiza fichas de futuros integrantes. De acordo com n�meros parciais, a sigla conta com 3,5 mil pr�-filiados, dos quais cerca de 50% devem se candidatar a cargos eletivos em 2014 se a legenda conseguir o registro.

Alta rejei��o no ABC

De todos os col�gios eleitorais do pa�s, a Rede enfrenta a maior rejei��o de assinaturas nos cart�rios do ABC Paulista, ber�o pol�tico do PT (veja quadro). Na 414ª Zona Eleitoral, de S�o Bernardo, o �ndice de invalida��o chega a 78%, com a recusa de 700 entre as 897 assinaturas entregues. A pr�-candidata ao Planalto em 2014 evita falar em interfer�ncia pol�tica no trabalho da Justi�a, mas afirma que o n�mero superior de rejei��o no local “� um comportamento completamente at�pico”, na compara��o com a m�dia nacional de 24%. Os altos �ndices se repetem em Mau� e Santo Andr�. Nos tr�s munic�pios, as prefeituras s�o lideradas pelos petistas, respectivamente, Luiz Marinho, Donisete Braga e Carlos Grana.

Marina Silva afirmou nessa segunda-feira causar “estranheza” o ABC contar com um �ndice de invalida��o de 53%, em m�dia, superior aos 35% de S�o Paulo. “Obviamente isso � algo para ser avaliado. Mas n�o podemos fazer nenhum tipo de ila��o. O que n�s queremos � uma repara��o”, afirma.

Os chefes dos cart�rios das cidades citadas se negaram a falar com a reportagem. O Tribunal Regional Eleitoral de S�o Paulo (TRE-SP), por meio de assessoria de imprensa, negou que o fato tenha a ver com press�es pol�ticas. “O trabalho nos cart�rios � feito de forma burocr�tica e com muito zelo”, afirmou.


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