
O presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves, classificou ontem de “surpreendentes” as declara��es do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) de que, se estivesse no Pal�cio do Planalto atualmente, seria mais criterioso na indica��o de ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF). A afirma��o do petista foi feita em entrevista ao Estado de Minas, publicada na edi��o de domingo. “Se ele se arrepende da escolha de ministros do Supremo Tribunal Federal, n�o sei avaliar por qual raz�o, imagine em rela��o a outras �reas do governo”, afirmou o tucano, que esteve em S�o Paulo para participar de evento com empres�rios, no qual falou sobre produtividade brasileira.
Na avalia��o de A�cio Neves, talvez a declara��o do ex-presidente da Rep�blica tenha sido feita por um “ato falho” diante do resultado do julgamento do mensal�o – o presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, indicado por Lula, acatou a maior parte das acusa��es contra os r�us – incluindo o ex-ministro da Casa Civil e ex-bra�o direito do petista Jos� Dirceu. Para A�cio, os crit�rios usados para nomear cargos durante o governo tamb�m podem explicar “boa parte dos desencontros que o governo do PT vem tendo ao longo dos �ltimos anos” e levaram o governo ao descr�dito, al�m dos “desvios sucessivos” por parte do Executivo.
Em discurso de pr�-candidato, o senador mineiro enumerou quatro pontos que considera importantes para a retomada do crescimento do pa�s: a simplifica��o do sistema tribut�rio, investimentos em educa��o, abertura da economia, inser��o da produ��o brasileira em cadeias globais e incentivo em inova��o. “Acho que � poss�vel, sim, termos um processo de simplifica��o tribut�ria, inspirado no que aconteceu para pequenas e microempresas. Nossa disposi��o � apresentar em 12 meses um conjunto de medidas para facilita��o e simplifica��o do ambiente de neg�cios”, prometeu.
Estagna��o
E aproveitou para criticar novamente o PT, ao afirmar que a estagna��o da economia teve in�cio h� cinco anos, diante de um ambiente “hostil” � vinda de investimentos para o pa�s e que o governo Dilma mais “atrapalha” que ajuda o ambiente de neg�cios. Menina dos olhos do governo Lula, o programa Bolsa-Fam�lia tamb�m foi alvo do discurso tucano. Segundo A�cio Neves, em um governo do PSDB ser�o apresentadas 10 a��es, baseadas principalmente em fiscaliza��o, o que se daria por meio da visita anual de um assistente social para avaliar pontos como o andamento dos filhos na escola. Outra a��o � manter o benef�cio por um determinado per�odo para pais de fam�lia que conseguirem um emprego com carteira assinada.
Sem se arrepender
�ltimo dos presidenci�veis a falar no evento com empres�rios, em S�o Paulo, o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, declarou que o partido n�o se arrependeu dos 10 anos em que conviveu com o PT no governo federal. Mas est� convencido de que chegou a hora de desembarcar do Executivo. “N�o nos arrependemos de participar, mas queremos levar nossas ideias, cr�ticas e considera��es para construir um novo governo”, disse ele. Segundo Campos, esse novo governo deve ter o compromisso de preservar o que j� foi conquistado e evitar debates manique�stas. “Em 2010, o debate foi pobre e, agora, estamos sentindo falta das ideias. � preciso fazer esse debate (...) sobre o que � importante para o pa�s.”