S�o Paulo - Mesmo negando a candidatura � presidente, o senador A�cio Neves (PSDB-MG) j� faz propostas para seu poss�vel governo e afirmou, nesta segunda-feira que num eventual governo do PSDB, trocaria metade dos minist�rios atuais por secretaria da desburocratiza��o. Segundo ele, os quase 40 minist�rios de hoje voltariam aos 21 ou 22 do governo do ex-presidente da Rep�blica Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e as pastas restantes virariam essa secretaria extraordin�ria, com prazo de um ano para fazer as reformas.
“A proposta de educa��o � muito pouco ousada, de os estudantes alcan�arem m�dia 6 em 2021. Ou damos salto na educa��o, ou vamos ficar a ver navios, como nossos portos tem visto”, afirmou A�cio. O senador prop�s ainda a cria��o de uma ag�ncia para inova��o no modelo norte-americano, “com investimentos a fundo perdido e uma desburocratiza��o do setor”.
A�cio classificou como “incr�vel e absolutamente fora de prop�sito” ver a presidente Dilma Rousseff ter ido aos Estados Unidos se reunir com investidores “para dizer que Brasil respeita contratos”. Segundo ele, “respeitar contratos estava na carta ao povo brasileiro, h� dez anos”, numa refer�ncia ao documento apresentado ainda na campanha do presidente Luiz In�cio Lula da Silva, em 2002, para tranquilizar o mercado.
Para o senador, o “governo mais atrapalha ambiente de neg�cios do que ajuda” e ainda “demonizou parceria com setor privado; � quase crime de lesa-p�tria”, disse. A�cio ampliou ainda as cr�ticas ao pr�prio PT e disse que “aprendizado do PT nestes �ltimos anos tem custado muito caro para o Brasil” porque foi criado um ambiente hostil aos investimentos, o que far� com que o Pa�s fique apenas � frente da Venezuela no crescimento da economia, segundo ele. “N�o � justo assistirmos o mundo andar e ficarmos no final da fila”.
Cemit�rio de obras
O senador tucano respondendo a questionamento sobre prioridades para aumentar a produtividade do Brasil, voltou a afirmar que o Pa�s � um cemit�rio de obras inacabadas com sobrepre�os inexplic�veis. A�cio usou a transposi��o do rio S�o Francisco e a rodovia Transnordestina como exemplos da falta de efici�ncia do setor p�blico brasileiro. Ele tamb�m criticou a burocracia e a falta de inova��o. “Nossa disposi��o �, em doze meses (de governo), apresentar medidas que simplifiquem o ambiente de neg�cios”, disse quando perguntado no F�rum Exame 2013, em S�o Paulo, se em um poss�vel governo do PSDB haveria uma reforma tribut�ria logo nos primeiros meses.
Outro ponto criticado pelo presidente nacional do PSDB foi a interfer�ncia do governo no mercado, tratando, segundo ele, o setor privado como advers�rio e n�o como parceiro. Na opini�o de A�cio, h� um descompromisso entre o que o governo prop�e e o que pratica, o que causa inseguran�a. “Se o governo parar de atrapalhar, vai ser uma mudan�a quase que estrutural”, disse o poss�vel candidato � Presid�ncia. A�cio defendeu ainda uma maior abertura econ�mica para investimentos internacionais, criticou o Mercosul e a falta de acordos bilaterais do Brasil.