
Soma-se � debandada a disputa interna, que frequentemente se torna p�blica, entre os herdeiros de Brizola, capitaneados por Brizola Neto, e o presidente nacional da legenda, Carlos Luppi. Ambos foram ministros do trabalho do governo Dilma Rousseff (PT). A presidente, ali�s, foi uma das fundadoras da legenda em 1980, permanecendo at� 2001. Atualmente a pasta do Trabalho � comandada por outro pedetista hist�rico, Manoel Dias, fustigado por uma s�rie de den�ncias recentes em conv�nios firmados pela pasta. A legenda � a quinta do pa�s em n�mero de filiados, atr�s de PMDB, PT, PP e PSDB.
Para o presidente estadual do PDT, deputado federal M�rio Heringer, o partido ter� que “rever posi��es e ressurgir”. Ele lembra que em 2002, a sigla elegeu 23 deputados federais, mas conta que depois do ass�dio de outras legendas, a bancada nas elei��es de 2006 tinha apenas oito nomes, situa��o parecida com a de hoje. “Quando o Brizola morreu (2004), todo mundo disse que o partido n�o duraria mais um ano. Quase 10 anos depois, estamos fortes”, argumenta Heringer.
O principal culpado, segundo o presidente do PDT mineiro, foi o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da For�a Sindical, que ao criar o Solidariedade levou com ele cinco deputados federais: Manato (ES), Marcos Medrado (BA), Sebasti�o Bala Rocha (AP), Jo�o Dado (SP) e Z� Silva (MG). O Solidariedade, ali�s, tem agora uma bancada de 22 deputados, uma das 10 maiores da Casa. “Isso � comum. Toda v�spera de elei��o tem migra��o. Sempre arranjam uma janela ou porta para mudar”, minimiza Heringer.
Outra legenda rec�m-criada, o PROS, recebeu tr�s ex-pedetistas: Dr. Jorge Silva (ES), Salvador Zimbaldi (SP) e Miro Teixeira (RJ), esse �ltimo j� aparece como pr�-candidato ao governo do Rio de Janeiro. O PROS foi o segundo maior beneficiado, com 17 filia��es, quatro delas do PSB, motivados pelo rompimento dos socialistas com o governo Dilma, j� que a legenda criada por um ex-vereador de Catal�o (GO) tende a apoiar o Planalto.
Minas
Na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), o PDT teve duas baixas. Sa�ram Tenente L�cio – que foi para o PSB – e Gustavo Perrella, que aportou no Solidariedade. Da bancada original de cinco parlamentares, permanecem no PDT os deputados Alencar da Silveira, Sargento Rodrigues e Carlos Pimenta. Presidente do diret�rio de Belo Horizonte, Sargento Rodrigues minimiza o efeito da debandada na elei��o do ano que vem, calculando que ser� poss�vel eleger novamente cinco deputados estaduais. “A expectativa que temos, baseados em conversas com Luppi, � que teremos um crescimento em rela��o a �ltima elei��o”, aposta ele.