L�deres do PSB avaliaram com pondera��o as restri��es impostas pela Rede Sustentabilidade a poss�veis alian�as com partidos que estavam discutindo a ades�o � candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, � Presid�ncia da Rep�blica. Para os aliados de Campos, PSB e Rede est�o em fase "de se conhecer melhor" e "acostumar a conviver" juntos, exatamente como num casamento, onde marido e mulher cedem um pouco para viver em harmonia.
Os apoiadores do governador pernambucano sabem que a coliga��o "elimina" de imediato a aproxima��o de alguns partidos que estavam no radar de Campos, como o DEM do l�der na C�mara, Ronaldo Caiado (GO), e o PP. "Quando voc� casa, voc� tem de deixar de namorar outras pessoas", exemplifica Fran�a.
Ap�s o an�ncio da alian�a, a ex-senadora deixou claro que n�o aceitaria Caiado em seu palanque por incompatibilidade de ideias. Dias depois foi a vez de seu aliado, o deputado federal Walter Feldman (SP), avisar que o PDT n�o se enquadrava na "�tica" da Rede por causa das den�ncias de corrup��o no Minist�rio do Trabalho. Os aliados de Campos se resignaram em rela��o ao DEM por entender que um eventual apoio do partido sofreria resist�ncias dentro do pr�prio PSB, mas acreditam que podem fazer Marina mudar de posi��o em rela��o ao PDT.
"O di�logo vai fazer com que a gente chegue a boas conclus�es. O PDT tem figuras hist�ricas importantes e o di�logo com o partido vai se basear em programas", defendeu o presidente do diret�rio municipal do Rio de Janeiro, deputado federal Glauber Braga. O l�der do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg (DF), tamb�m contemporiza. "Se n�s j� temos problemas internos, imagine agora quando temos duas vis�es de mundo em um s� partido", questiona ele, ao destacar que sua legenda sempre teve uma �tima rela��o com os pedetistas.
Em um discurso para eliminar ru�dos na nova "rela��o", os pessebistas entoam o "mantra" de que qualquer alian�a ter� como base a "afinidade program�tica". "Isso (discuss�o sobre futuros aliados) n�o ser� objeto de diverg�ncia entre n�s", previu Braga. "N�o d� para fazer concilia��o absoluta. No que for poss�vel, o bom � conciliar. Mas tenho esperan�a que, na conviv�ncia, ela (Marina) aceite algumas coisas", disse Fran�a.
O dirigente do PSB paulista sabe que poder� haver momentos de tens�o da coliga��o, mas acredita que, apesar de Marina ser uma pessoa de temperamento forte, ser� poss�vel convenc�-la a encontrar um "meio termo" na nova conviv�ncia. "Sou graduado em (Luiza) Erundina e p�s-graduado em Rom�rio", brincou Fran�a, comparando a ex-senadora aos parlamentares do PSB. "Eles s�o dif�ceis, mas t�m sua popularidade", emendou.
Rejei��o
Os apoiadores de Campos avaliaram como "coerente" a decis�o da Rede de n�o participar das inst�ncias partid�rias do PSB. Fran�a disse que, ao participar da Executiva e dos diret�rios do PSB, os marineiros poderiam passar a impress�o de que haviam desistido de criar uma legenda. "O simbolismo n�o seria bom para eles", comentou. O dirigente acredita que, ao integrar o comando do PSB, os dirigentes da Rede poderiam se "envolver" al�m do esperado com o PSB e passar a mensagem aos seus apoiadores de que n�o era apenas uma coliga��o. "Para n�s, (a oferta de cargos) foi um ato de gentileza".
Braga afirmou que v� como "natural" a recusa de cargos dos aliados de Marina. "A Rede foi coerente. A gente tem que compreender e respeitar suas decis�es", respondeu. Rollemberg tamb�m faz coro. "� absolutamente natural porque a Rede est� se juntando ao PSB com uma filia��o program�tica".