Lula ser� chamado para depor sobre caixa dois

O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva ser� chamado para depor sobre doa��es da campanha de 2002 onde supostamente teria usado a pr�tica de caixa dois. O Minist�rio P�blico do Distrito Federal vai ouvir o petista referente a inqu�rito que foi aberto no ano passado, ap�s nova den�ncia feita pelo operador do mensal�o durante julgamento, o empres�rio Marcos Val�rio Fernandes de Souza, que tamb�m ser� notificado para depor.

Segundo o promotor Mauro Faria as duas figuras pol�ticas ser�o chamadas como testemunhas o que consiste na n�o obrigatoriedade da presen�a de ambos ao MP. "Devemos chamar os dois, mas n�o � obrigat�ria a presen�a", disse o promotor respons�vel pelo inqu�rito na Promotoria Eleitoral.

Relembre as acusa��es

Em depoimento � Pol�cia Federal, Marcos Val�rio afirmou que Lula, maior cacique e cabo eleitoral do PT, poderia ter utilizado o dinheiro do esquema do mensal�o para pagar despesas pessoais mo �nicio de 2003. Segundo ele, foram depositados na conta da empresa de seguran�a Caso, de propriedade do ex-assessor da Presid�ncia Freud Godoy, uma esp�cie de “faz-tudo” de Lula.

Al�m disso, o empres�rio especificou um dos repasses feitos � Lula de aproximadamente R$ 100 mil. Em nova cita��o feita por Val�rio, o ex-presidente negociou com Miguel Horta, ent�o presidente da Portugal Telecom, o repasse de recursos para o PT. Segundo Val�rio, Lula e o ent�o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reuniram-se com Miguel Horta no Planalto e combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria R$ 7 milh�es para o PT. O dinheiro, conforme Val�rio, entrou pelas contas de publicit�rios que prestaram servi�os para campanhas petistas.

Outro esc�ndalo p�blico ligado ao ex-presidente foi protagonizado por sua aliada Rosemary Noronha, ex-chefe do escrit�rio da Presid�ncia em S�o Paulo, evidenciada ap�s a Opera��o Porto Seguro em novembro do ano passado, deflagrada pela Pol�cia Federal. A pol�cia desmontou um esquema criminoso infiltrado em �rg�os federais, que elaborava pareceres fraudulentos para favorecer interesses privados. Al�m de empres�rios e advogados, estavam envolvidos servidores da Ag�ncia Nacional de Avia��o Civil, Ag�ncia Nacional de �guas, Advocacia-Geral da Uni�o e Secretaria do Patrim�nio da Uni�o.

Segundo o Minist�rio P�blico Federal, por meio de escuta telef�nica, autorizada pela Justi�a, foi poss�vel verificar o envolvimento de Rosemary nas atividades do grupo. A ex-chefe de gabinete foi denunciada por falsidade ideol�gica, tr�fico de influ�ncia, corrup��o passiva e forma��o de quadrilha. No dia 25 de setembro do ano passado, Rosemary foi demitida, acusada de tr�fico de influ�ncia. (Com Ag�ncias)