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Estado de Minas

Ministro Guido Mantega ataca gest�o tucana e contraria cr�ticas de Arminio Fraga


postado em 18/10/2013 07:41

Com a pol�tica econ�mica sob fogo cerrado dos opositores da presidente Dilma Rousseff nas elei��es de 2014, coube ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, o contra-ataque. Contrariado com as cr�ticas feitas por Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (BC), Mantega afirmou que a gest�o tucana implantou o regime de metas de infla��o, mas n�o cumpriu.

“N�o d� para algu�m que foi do governo, e teve uma infla��o m�dia de 8,77% no per�odo dele � frente do BC, dizer que n�s temos infla��o alta. Ele trouxe esse sistema de metas para o Brasil, mas n�o cumpriu. Temos um desempenho melhor do que Arminio em mat�ria de infla��o”, afirmou Mantega.

Na entrevista concedida ontem ao jornal O Estado de S. Paulo, em Bras�lia, Mantega afirmou que os fundamentos macroecon�micos durante os anos do tucano Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) eram “fr�geis”, que Arminio deveria ser “mais modesto” ao falar das taxas de juros reais verificadas na gest�o Dilma Rousseff, e que se os tucanos estivessem � frente da economia brasileira durante a explos�o da crise mundial, em 2008, o Brasil teria quebrado.

“As reservas internacionais s�o um dos pilares dos fundamentos da economia. Antes, elas n�o pagavam nem por alguns meses de importa��o, e hoje elas pagam um ano e meio de nossas compras externas, que tamb�m t�m um volume muito maior agora. Reserva � dinheiro no bolso, e o bolso estava vazio nos anos FHC. Os fundamentos no per�odo Arminio eram meio fr�geis”, disparou Mantega, segundo quem, at� nas semelhan�as, a gest�o do PT na economia � superior. Quando questionado sobre a volta do d�ficit na balan�a comercial em 2013 depois de quase 14 anos, Mantega foi direto: “Mas nosso d�ficit � menor do que o deles”.

Juros

Uma das cr�ticas feitas por Arminio que mais incomodou Mantega foi centrada nas taxas de juros reais (descontada a infla��o). Conselheiro do candidato tucano A�cio Neves (PSDB-MG), Arminio afirmou que os juros reais neste momento “s�o muito altos”.

Segundo Mantega, a cr�tica � infundada. “Quando eles estavam no governo qual era a taxa real de juros? Chegou a ser superior a 10% ao ano. E agora ele vem dizer que as nossas est�o altas? Ele precisa olhar para aquilo que ele fez. Arminio trabalhou com um dos juros mais altos do mundo. Ent�o ele que fique mais modesto na sua posi��o”, atacou o ministro.

Mantega tamb�m reagiu � compara��o feita por Arminio entre a gest�o de Dilma e a do ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979), considerado o mais estatizante e desenvolvimentista dos governos militares. “Somos parecidos porque no governo Geisel havia pol�tica de desenvolvimento, � isso? E no governo JK n�o tinha tamb�m? E a pol�tica econ�mica de Get�lio, que instituiu a substitui��o das importa��es? � f�cil fazer paralelo com qualquer coisa”, disse Mantega, “mas fato � que n�o h� nenhuma semelhan�a com Geisel, que n�o investia na Petrobras, por exemplo, que � uma das principais estrat�gias do nosso governo”.

Ele tamb�m negou qualquer impulso protecionista da pol�tica econ�mica conduzida por ele desde mar�o de 2006. De acordo com Mantega, a cr�tica de que o Brasil est� mais fechado n�o faz sentido, e o ministro citou a corrente de com�rcio (a soma das exporta��es com as importa��es) como exemplo. “Passamos de um volume de US$ 100 bilh�es em 2002 para cerca de US$ 500 bilh�es na atualidade. Isso � fechamento de mercado? O movimento de com�rcio exterior ficou estagnado na �poca em que o Arminio era presidente do Banco Central”, disse.

O ministro afirmou que o trip� macroecon�mico, alvo de ataque dos tucanos e de Marina Silva (PSB), n�o foi abandonado. Segundo Mantega, a pol�tica fiscal continua s�lida, a infla��o est� sempre abaixo do limite da meta, e a taxa de c�mbio continua flutuante. “Houve per�odos de exageros do mercado, e n�s n�o permitimos a repeti��o do equ�voco que foi feito no per�odo de Arminio, quando o c�mbio se valorizava violentamente. Se teve per�odo que houve valoriza��o artificial, for�ada, foi no per�odo FHC, e foi o mercado que obrigou o governo a tornar o c�mbio flutuante. A flutua��o do c�mbio veio na marra; Conosco ela ocorre por decis�o nossa”, disse Mantega.


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