O secret�rio de Governo Municipal de S�o Paulo na gest�o de Fernando Haddad, Antonio Donato, negou ter recebido dinheiro de servidores p�blicos presos acusados de participarem de um esquema de propina na Prefeitura de S�o Paulo. Donato diz "n�o fazer o menor sentido pedir dinheiro para servidor". Escutas telef�nicas feitas pelo Minist�rio P�blico Estadual mostram conversas do auditor Luis Alexandre Magalh�es, um dos 4 funcion�rios da Prefeitura presos acusados por participar do esquema, e liberado na madrugada desta segunda-feira, 4, com uma mulher apontada como sua amante. Na conversa, a mulher cita o nome de Donato como tendo recebido dinheiro de Magalh�es.
Donato afirmou conhecer Rodrigues apenas como um "funcion�rio capacitado, com bagagem t�cnica". E completa: "O Marcos Cruz tamb�m o conhecia porque, na transi��o, ele foi indicado pelo Mauro Ricardo para fazer a transi��o. Quem indica o Rodrigues para o Tatto � o Marcos Cruz, n�o sou eu. A nomea��o foi em fevereiro, quando n�o havia acusa��o contra ele. A �nica havia sido arquivada".
Perguntado sobre se conhecia os demais acusados de participar do esquema, o secret�rio Donato admitiu que sim, mas se valeu da mesma explica��o anterior: "Conhecia como conhe�o v�rios funcion�rios. Conheci (o Luis Magalh�es) como vereador. Ele me procurou para se colocar � disposi��o. Foi em 2008, durante a elei��o. Mas n�o � uma rela��o que se estendeu. O Barcellos eu conheci em 2009, nessa quest�o: ele cuidava do IPTU e deve ter ido � C�mara para tratar disso. J� o Lallo, disse n�o conhecer.
Ex-corregedor
O ent�o corregedor da gest�o Gilberto Kassab (PSD), Edilson Mougenot Bonfim, afirmou, no domingo, 3, que tinha suspeitas sobre os bens acumulados por Ronilson Bezerra Rodrigues. Bonfim disse que desconfiou do “contorcionismo que Rodrigues fazia para explicar o patrim�nio”. Ele conduziu apura��o separada da que o ex-secret�rio Mauro Ricardo mandou arquivar.
Desde setembro do ano passado a Prefeitura suspeitava do fiscal Rodrigues, que agora � apontado como suposto chefe do esquema que causou preju�zo de R$ 500 milh�es aos cofres municipais. Naquele m�s, Rodrigues foi interrogado por Bonfim.
Dois meses depois do interrogat�rio, a Secretaria de Finan�as recebeu uma den�ncia an�nima sobre o esquema, citando Rodrigues. Conforme o jornal O Estado de S. Paulo mostrou anteontem, o documento era endere�ado tamb�m a Kassab e � equipe de transi��o do prefeito Fernando Haddad (PT). Mas o ent�o secret�rio de Finan�as, Mauro Ricardo Machado Costa, recomendou arquivar um procedimento contra ele em dezembro, por considerar que n�o havia ind�cios do esquema e de enriquecimento fora do comum.
Al�m de Bonfim, o interrogat�rio com Rodrigues foi feito na presen�a de dois assessores, C�sar Bocuhy e Rodrigo Yokouchi Santos - este �ltimo permaneceu na administra��o de Haddad. A investiga��o que permitiu a emiss�o de mandados de pris�o para os fiscais Carlos di Lallo Leite do Amaral, Eduardo Horle Barcelos e Luis Alexandre Cardoso Magalh�es come�ou em mar�o deste ano, ap�s cruzamento de dados do patrim�nio declarado dos servidores com a renda mensal deles. O ex-corregedor disse que deixou o cargo perto do Natal, antes de terminar a investiga��o.