Os prefeitos do Norte de Minas anunciaram que, no dia 14, v�o fechar as portas das prefeituras, em protesto contra a queda do Fundo de Participa��o dos Munic�pios (FPM) e o bloqueio de recursos dos munic�pios para quitar d�bitos com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), herdados de gest�es anteriores. A decis�o foi tomada por administradores que integram a Associa��o dos Munic�pios da �rea Mineira da Sudene (Amams), como forma de chamar aten��o do governo federal.
Com as sedes do Executivo fechadas, os prefeitos v�o lan�ar em Montes Claros um Manifesto dos Munic�pios, direcionado a parlamentares e ao governo federal, relatando a crise e cobrando solu��es. Foram convidados para o encontro dirigentes da Associa��o Mineira de Munic�pios (AMM) e da Confedera��o Nacional dos Munic�pios (CNM), que apoiam a mobiliza��o.
O presidente da Amams, Carl�cio Mendes Leite (PSB), prefeito de Mirabela, argumenta que os munic�pios enfrentam uma das piores crises financeiras da hist�ria. “Se n�o nos unirmos neste momento, as prefeituras v�o � fal�ncia, pois n�o ter�o recursos para quitar a folha do funcionalismo p�blico e prestar os servi�os b�sicos, como sa�de, educa��o e limpeza p�blica”, argumenta ele. “Precisamos do apoio incondicional de todos os deputados federais da bancada mineira para nos ajudar na aprova��o de projetos que possibilitem aos gestores administra��es seguras e eficientes, garantindo a sobreviv�ncia dos munic�pios”, afirma Leite.
Demiss�es
J� o prefeito de Bocaiuva, Ricardo Veloso (PSDB), alegou que a queda do FPM o obrigou a enxugar a folha de pagamento com a dispensa de funcion�rios. “A realidade de Bocaiuva n�o � diferente do que aconteceu nas outras 92 cidades da regi�o. Com os poucos recursos, temos que fazer malabarismo. Os cortes se fizeram necess�rios e a popula��o vai entender, pois eles aconteceram para que ela n�o seja prejudicada l� na frente”, justificou.
Luiz Rocha Neto (PMDB), o Luizinho, prefeito de S�o Francisco, reconhece que as medidas de conten��o de despesas n�o s�o simp�ticas, mas afirma que s�o necess�rias. “A popula��o precisa saber por que as demiss�es est�o ocorrendo. Precisamos mais do que nunca dos deputados estaduais e federais do nosso lado, para cobrar melhorias. Para se ter uma ideia, at� amea�ado de morte j� fui por conta das medidas que fui obrigado a adotar”, contou ele.
Em Crist�lia, o prefeito Eduardo Medeiros Cabral (PHS) sustenta que s� est� conseguindo pagar a folha do funcionalismo p�blico e fazer os repasses mensais � C�mara Municipal por n�o ter contratado servidores desde janeiro, mas avisa que s� o servi�o de limpeza p�blica n�o foi interrompido.