Fraude atingiu a cobran�a do IPTU

O prefeito de S�o Paulo, Fernando Haddad (PT), disse que a Controladoria Geral do Munic�pio encontrou dois novos esquemas de corrup��o na administra��o de S�o Paulo. Segundo ele, h� ind�cios de irregularidades na cobran�a de IPTU e na d�vida ativa. Haddad n�o deu mais informa��es sobre os esquemas, por�m, afirmou que parte do grupo acusado de fraude na cobran�a do Imposto sobre Servi�os (ISS) est� envolvida nesse novo golpe. "H� den�ncias de mudan�a cadastral no IPTU para que as pessoas paguem menos. Neste h� participa��o de parte do grupo preso. H� tamb�m ind�cios de fraude na d�vida ativa, com mudan�a de registro de divida ativa para beneficiar devedores", disse.

A d�vida ativa � toda aquela acumulada pelo contribuinte que n�o quita os impostos devidos � prefeitura. Ela pode ter origem em impostos ou natureza n�o tribut�ria, como as multas de tr�nsito, por exemplo. S� entram na lista aqueles que t�m o saldo devedor cobrado na Justi�a

A Controladoria atua em diversas frentes de trabalho para tentar conter a corrup��o na administra��o paulistana, que, segundo Haddad, � "sist�mica". "Tem muito trabalho para pouca gente, mas tem que ser feito. Vamos passar a limpo todo o trabalho na prefeitura", garantiu o prefeito.

Na semana passada, quatro auditores foram presos sob a acusa��o de cobrar propina para a redu��o do valor do ISS de incorporadoras. Segundo a Controladoria Geral do Munic�pio, o grupo movimentou ao menos R$ 500 milh�es. Os servidores Eduardo Horle Barcellos, Carlos Augusto di Lallo do Amaral e Ronilson Bezerra Rodrigues permanecem detidos. J� o fiscal Luis Alexandre Cardoso de Magalh�es foi solto ap�s aceitar fazer uma dela��o premiada – dar detalhes do esquema em troca de redu��o de pena.

Grampos O prefeito disse ainda que � preciso apurar com "crit�rio" as escutas telef�nicas feitas com autoriza��o judicial em que o auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues mostra irrita��o ao ver seu nome publicado no Di�rio Oficial da Cidade numa intima��o para depor na Controladoria Geral do Munic�pio e diz � auditora fiscal Paula Sayuri Nagamati que Kassab e o secret�rio municipal de Finan�as, Mauro Ricardo Machado Costa, tinham ci�ncia de tudo e que tamb�m deveriam ser ouvidos. "� preciso ter cautela na an�lise deste tipo de argumento. N�o � desconsiderar (a den�ncia), � preciso cautela. � preciso provas", disse Haddad. J� Kassab (PSD) disse ontem que Ronilson, que foi subsecret�rio da Receita Municipal na gest�o dele, quis "tumultuar o processo" ao envolv�-lo no esquema. "Essa informa��o vem de pessoas que sabiam que estavam sendo monitoradas e fizeram isso para tumultuar o processo", argumentou ele.

O promotor Roberto Bodini, que investiga a fraude, disse ontem que “neste momento n�o h� nenhum ind�cio” contra Kassab e Mauro Ricardo, mas que no decorrer das investiga��es poder� convoc�-los para depor.