Costa Neto fica ineleg�vel at� 2029 ap�s segunda ren�ncia

A decis�o do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de determinar � Pol�cia Federal a pris�o do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) levou, nesta quinta-feira, o cacique do Partido da Rep�blica a renunciar pela segunda vez ao mandato parlamentar, repetindo o script que seguiu na �poca do esc�ndalo do mensal�o. Ao contr�rio de agosto 2005, quando deixou a C�mara dos Deputados, preservou os direitos pol�ticos e se reelegeu duas vezes, Valdemar - agora enquadrado na Lei da Ficha Limpa - ficar� ineleg�vel at� 2029. Dificilmente voltar� a vida p�blica, pois s� ser� reabilitado politicamente aos 80 anos.

Oito anos atr�s, o ent�o presidente do extinto Partido Liberal renunciou � C�mara ao admitir que havia recebido dinheiro irregular do Partido dos Trabalhadores com a justificativa de cobrir despesas de campanha. O PL firmou com o PT a chapa presidencial vencedora de Lula com Jos� Alencar. "Fui induzido ao erro quando aceitei receber recursos destinados � campanha sem a devida documenta��o que oficializasse a doa��o", discursou Valdemar na �poca. Na segunda despedida da C�mara, ap�s uma reelei��o que contou com o voto "puxador" do palha�o Tiririca e um mandato voltado para atua��o nos bastidores, Valdemar n�o subiu � tribuna. Mas se valeu do colega de partido Luciano Castro (RR) para dizer, em carta, que iria pagar por "faltas" que reconheceu. Mas afirmou ter sido condenado por crimes que n�o cometeu - puni��es por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro e ainda pagar multa de R$ 1 milh�o. "Serenamente passo a cumprir uma senten�a de culpa, flagrantemente destitu�da do sagrado direito ao duplo grau de jurisdi��o", leu Castro, diante de um plen�rio praticamente vazio. O agora ex-deputado do PR disse que n�o cogitou "impor ao Parlamento a oportunidade de mais um constrangimento institucional". Seguiu tamb�m os passos do ex-presidente do PT Jos� Genoino (SP), que h� dois dias renunciou o mandato na C�mara dos Deputados. Ele conclamou o Poder Legislativo a tomar "provid�ncias en�rgicas" e ter "coragem para enfrentar os d�spotas" - numa cr�tica indireta ao Supremo.