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Estado de Minas

Militante mineiro foi torturado e executado pela ditadura

� �poca, a vers�o das autoridades foi de "morte em combate"


postado em 11/12/2013 06:00 / atualizado em 11/12/2013 07:32

Familiares e amigos acompanharam a exumação dos restos mortais de Arnaldo Rocha, morto em 1973(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Familiares e amigos acompanharam a exuma��o dos restos mortais de Arnaldo Rocha, morto em 1973 (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

A ministra de Direitos Humanos, Maria do Ros�rio, anuncia nesta quarta-feira, na abertura do F�rum Mundial de Direitos Humanos, em Bras�lia, que um laudo pericial concluiu que o militante oposicionista mineiro Arnaldo Cardoso Rocha foi capturado vivo, torturado e executado pelo regime militar com um tiro na cabe�a em 1973. � �poca, a vers�o das autoridades foi de “morte em combate”. Quatro meses atr�s, o corpo de Arnaldo foi exumado no Cemit�rio Parque da Colina, em Belo Horizonte, por iniciativa da Comiss�o Especial sobre Mortos e Desaparecidos Pol�ticos, vinculada � Secretaria de Direitos Humanos da Presid�ncia da Rep�blica.

Arnaldo Rocha(foto: Jair Amaral/EM)
Arnaldo Rocha (foto: Jair Amaral/EM)
Nascido em Belo Horizonte, Arnaldo morreu em 15 de mar�o de 1973, 15 dias antes de completar 24 anos, logo ap�s ser capturado por uma equipe do Destacamento de Opera��es de Informa��es (DOI), em S�o Paulo. Ele foi fundador, em Minas Gerais, da A��o Libertadora Nacional, maior organiza��o armada de oposi��o � ditadura.

Em 1996, a comiss�o especial havia reconhecido a responsabilidade do Estado no assassinato do militante, mas n�o investigou mais profundamente as circunst�ncias da morte. Agora, com acesso aos restos mortais, uma equipe de peritos identificou numerosos sinais de mart�rio no preso, que estava sob cust�dia de agentes p�blicos.

Na exuma��o, coordenada pelo m�dico-legista Marco Aur�lio Guimar�es, da Universidade de S�o Paulo (USP) em Ribeir�o Preto, foi poss�vel identificar marcas de tiros no ombro direito e na regi�o abdominal do militante. Foi constatado ainda que o corpo n�o passou por necropsia, ao contr�rio das informa��es recebidas pela fam�lia por meio de documentos. Um relat�rio de antropologia forense tamb�m ser� divulgado hoje. A ministra Maria do Ros�rio encaminhar� os laudos ao Minist�rio P�blico, que decidir� se impetrar� uma a��o judicial contra os respons�veis pelo assassinato do militante na �poca da exuma��o, ocorrida em 12 de agosto, a ex-companheira de Arnaldo, Iara Xavier Pereira, m�e do filho do militante, explicou ter pedido a exuma��o devido ao que chamou de lentid�o da Comiss�o nacional da Verdade (CNV). “� o que nos restou, para ver se o caso � resolvido ou se a d�vida permanecer�”, afirmou.

Enquanto isso...
... inoc�ncia no Recife


Apontados durante d�cadas como respons�veis por um atentado terrorista no Aeroporto dos Guararapes, na Grande Recife, em 25 de julho de 1966, quando duas pessoas morreram e 14 ficaram feridas, os engenheiros Ricardo Zarattini e Ednaldo Miranda – j� morto – foram inocentados ontem pela Comiss�o Estadual da Mem�ria e da Verdade Dom Helder C�mara, de Pernambuco. O grupo divulgou documento, at� ent�o sigiloso, segundo o qual o autor da explos�o foi Raimundo Gon�alves Figueiredo, militante da ala vermelha do PCdoB, que provocou a explos�o em uma a��o isolada de organiza��es clandestinas. O principal alvo do atentado era o general Costa e Silva, ent�o ministro do Ex�rcito, e candidato � sucess�o do general Castelo Branco na Presid�ncia. Pelo crime, os dois acusados foram presos e torturados. Costa e Silva n�o chegou a ser atingido porque desembarcou em Jo�o Pessoa (PB) e n�o no Recife. Com a sa�de debilitada, Zarattini comemorou a iniciativa da comiss�o: “Enfrentamos torturas no Dops para confessarmos um crime que n�o cometemos”.


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