O doleiro Marco Antonio Cursini afirmou, em depoimento � Pol�cia Federal, que recebia do ex-diretor de Opera��es da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) Jo�o Roberto Zaniboni, na sede da estatal, em S�o Paulo, d�lares em dinheiro vivo para realizar opera��es de d�lar cabo para a Su��a. Zaniboni est� condenado naquele pa�s europeu por lavagem de dinheiro.
O d�lar cabo � uma opera��o de transfer�ncia eletr�nica na moeda americana sem comunica��o ao Banco Central ou declara��o � Receita Federal.
Cursini foi condenado em 2009 a uma pena de 3 anos e 3 meses de pris�o por lavagem de dinheiro, evas�o de divisas e sonega��o, no caso Banestado. Ele foi beneficiado com redu��o de pena em dela��o premiada. Revelou clientes e pagou indeniza��o significativa, R$ 4 milh�es ao todo, por decis�es da Justi�a Federal no Paran� e em S�o Paulo. Tamb�m fez pacto de colabora��o na Opera��o Castelo de Areia da Pol�cia Federal - anulada por ordem do Superior Tribunal de Justi�a.
Transfer�ncias
No depoimento, prestado em 17 de outubro, Cursini declarou que Zaniboni informou seu escrit�rio como sendo na Avenida Paulista, 402, 4.º andar, sede da CPTM. O doleiro afirmou que o cliente foi indicado pelo banco Credit Suisse e que depositava o dinheiro na conta Milmar, na Su��a.
No relat�rio, a PF anotou: “Marco Antonio Cursini declarou que as transfer�ncias totalizaram o valor de 464.720 d�lares entre 28/10/1999 e 23/7/2001. Zaniboni entregava o dinheiro no referido endere�o onde funcionava a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. A partir de 07/2003, Zaniboni passou a precisar de recursos no Brasil, motivo pelo qual solicitou ao depoente (Cursini) a realiza��o de opera��es de d�lar cabo para internalizar valores no Brasil”.
O doleiro afirmou que, entre julho de 2003 e novembro de 2004, transferiu a quantia de US$ 181,1 mil entre contas na Su��a, e entregou a Zaniboni no Brasil, em d�lares e reais, o valor correspondente em esp�cie.
Ao prestar depoimento, Cursini apresentou � PF planilha contendo todos os pagamentos que fez a Zaniboni entre 1999 e 2004.