Genebra - A Justi�a su��a pediu e o Minist�rio P�blico Federal ir� interrogar Arthur Teixeira e Jo�o Roberto Zaniboni. O primeiro � citado como lobista das multinacionais suspeitas de fazer acertos pr�vios para ganhar licita��es das estatais metroferrovi�rias do governo paulista. O segundo �, segundo os investigadores do pa�s europeu, destinat�rio de propina paga pela Alstom a fim de obter contratos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Por falta de colabora��o, os procuradores do pa�s europeu chegaram a estudar a possibilidade de enviar emiss�rios para o Brasil a fim de realizar as investiga��es. Mas o acordo de coopera��o foi restabelecido no in�cio deste m�s. A Procuradoria-Geral da Rep�blica no Brasil se comprometeu a ajudar e as primeiras trocas de documento j� ocorreram nesta semana.
O Minist�rio P�blico Federal acredita que os depoimentos de Zaniboni, que � ex-diretor da CPTM, e de Teixeira, apresentado como consultor, poder�o auxiliar nas investiga��es do cartel que est�o em curso no Pa�s.
Desde 2011 a Su��a investiga os pagamentos feitos pela Alstom em mais de dez pa�ses, sempre na busca de contratos p�blicos. Em tr�s pa�ses, os su��os conseguiram provar a corrup��o e a Alstom teve de pagar multas milion�rias.
No caso do Brasil, os procuradores su��os j� em 2011 suspeitavam de dep�sitos em nome desses lobistas brasileiros.
Os investigadores su��os apontam que, em 21 de mar�o de 2001, uma transfer�ncia de US$ 255,8 mil foi identificada em nome de Teixeira em sua conta Rockhouse 524373, no Credit Suisse de Zurique, envolvendo o amplo esquema de pagamentos de propinas da Alstom. Outras transfer�ncias com volumes parecido de dinheiro e ligados � Alstom tamb�m foram identificados pelos su��os envolvendo Teixeira.
A transfer�ncia seria uma indica��o da rota do pagamento da propina. Parte do dinheiro, apontam os investigadores, foi parar na conta do ex-diretor da CPTM.
Os su��os obtiveram dezenas de documentos da multinacional depois de uma s�rie de interven��es nos escrit�rios da empresa. A Alstom, na �poca, garantiu que cooperava com a investiga��o e que a empresa havia passado por uma ampla mudan�a de comportamento.
Junto com o pedido dos depoimentos, os su��os informaram que o caso do empres�rio Amaro Pinto Ramos, que era apontado como lobista do esquema, foi arquivado por falta de provas.