
A uni�o pol�tica mais surpreendente e debatida de 2013 ainda d� sinais que precisa de tempo para ser maturada. Pouco mais de dois meses depois da parceria firmada entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-senadora Marina Silva, os n�meros da dupla nas inten��es de votos n�o decolam, os ataques a antigos aliados persistem, as diverg�ncias ideol�gicas se avolumam e as idissioncracias estaduais se multiplicam. “N�o vamos discutir os palanques estaduais nesse momento. Nossa tarefa, agora, � definir o programa nacional da alian�a”, afirmou o secret�rio-geral do PSB, Carlos Siqueira.
Um dos principais articuladores da Rede, Pedro Ivo segue o mesmo racioc�nio, em uma tentativa de minimizar os embates. “N�o existem diverg�ncias intranspon�veis. Existe sim, dois partidos que tinham uma forma��o distinta e que agora est�o se reunindo para definir suas converg�ncias”. Para Ivo, a pr�pria defini��o do programa nacional vai ajudar nesse processo. “Ele ser� um balizador para definir os programas estaduais”, completou.
Se for tomado como par�metro o momento atual, o programa nacional ter� que ser bastante flex�vel e el�stico para abarcar tudo o que n�o � consenso na parceria entre Rede e PSB. A come�ar pelos palanques estaduais. O �nico praticamente definido, sem dramas, fica na Bahia, com a senadora L�dice da Mata (PSB) concorrendo ao governo e a ex-presidente da Conselho Nacional de Justi�a (CNJ) Eliana Calmon candidata ao Senado. “Digamos que � o nosso melhor cen�rio”, reconheceu o deputado Walter Feldmann (PSB-SP).
O pr�prio Feldmann est� envolvido em uma queda de bra�o. A Rede pretende lan��-lo como candidato ao governo de S�o Paulo. Mas, no estado, o PSB tem um hist�rico de parceria com o PSB, presidido pelo deputado M�rcio Fran�a. Fran�a pode ser candidato a vice do governador Geraldo Alckmin ou ao senado, caso os tucanos optem por uma chapa puro-sangue. “Nenhum casamento � f�cil. O que une Marina e Eduardo � uma causa, que, junta, � maior do que os dois separados”, filosofou Fran�a. Ele afirma que as reuni�es com a Rede sempre s�o experi�ncias fascinantes. “Na �ltima, um militante chegou com um lagarto (iguana) no ombro. Toda vez que eu olhava para ele, o bicho me dava a l�ngua”, diverte-se o deputado do PSB.