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Estado de Minas

Brasil poder� desenvolver seu ca�a, diz executivo

Preparada para come�ar a produzir o ca�a em 2015, a Saab diz que 100% da alta tecnologia usada pela empresa ser�o repassados ao Brasil


postado em 21/12/2013 09:00 / atualizado em 21/12/2013 09:00

Vencedora de um dos processos de escolha mais longos do Pa�s, a sueca Saab, fabricante do ca�a Gripen, j� tem protocolos de entendimento com cinco empresas brasileiras que fornecer�o componentes para o Gripen NG - o escolhido pelo governo brasileiro -, incluindo a Embraer, onde ser�o desenvolvidos os equipamentos de tecnologia e onde o avi�o ser� montado.

Preparada para come�ar a produzir o ca�a em 2015, a Saab diz que 100% da alta tecnologia usada pela empresa ser�o repassados ao Brasil. “A transfer�ncia ser� extensiva. O Brasil vai ganhar a capacidade pr�pria de desenvolver um ca�a. Claro que isso tem como base o fato de que o Brasil j� tem uma ind�stria muito capaz. O que trazemos � um conhecimento espec�fico sobre ca�as”, diz o vice-presidente executivo da Saab, Lennart Sindahl. Quando o processo de transfer�ncia estiver conclu�do, afirma, o Brasil ser� capaz de construir um ca�a por conta pr�pria.

Uma das maiores vantagens da Saab no processo, na vis�o da Aeron�utica, era justamente o fato de que o ca�a ser� constru�do no Brasil e a tecnologia, desenvolvida aqui, em conjunto. Sindahl diz que mesmo as partes militarmente mais sens�veis ser�o divididas com o Pa�s, com a propriedade intelectual compartilhada. “O governo sueco � muito aberto, n�o temos nenhum problema com isso.”

Cinco empresas brasileiras j� t�m protocolos assinados com a Saab e s�o os primeiros fornecedores e parceiros da empresa na produ��o nacional do Gripen. A primeira delas � a Embraer, onde os componentes eletr�nicos mais sens�veis ser�o desenvolvidos. A empresa tem uma unidade militar no munic�pio de Gavi�o Peixoto, a 300 quil�metros de S�o Paulo, com uma pista de 5 mil metros, que deve concentrar tamb�m a montagem e o teste final dos Gripen.

Tamb�m est�o na lista de fornecedores a AEL, subsidi�ria ga�cha de uma empresa israelense, que produzir� displays e outros equipamentos eletr�nicos de bordo; a Mectron, que pertence ao grupo Odebrecht, que fornecer� armamentos; a Atec, de softwares; e a Akaer, de projetos estruturais, que j� trabalha com a Saab.

“Temos um compromisso muito forte de encontrar fornecedores brasileiros. O Gripen ser� constru�do aqui com componentes brasileiros, suecos e de outros pa�ses”, afirma Sindahl, explicando que uma das pol�ticas da Saab � n�o ter fornecedores que vivam exclusivamente de fornecer pe�as para o ca�a.

Uma das cr�ticas feitas pela concorr�ncia ao Gripen � o fato de o avi�o ser um prot�tipo, n�o um avi�o pronto e testado, como os rivais derrotados Rafale, da francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da Boeing. Sindahl explica que o Gripen j� voa h� 30 anos e est� na 4.ª gera��o. A pol�tica da empresa, no entanto, � desenvolver produtos locais, com o comprador, adaptados � necessidade de cada pa�s.

“Uma das coisas que mais ouvimos dos nossos clientes � que precisam da capacidade de defesa, mas n�o podem pagar o alt�ssimo pre�o cobrado. Ent�o encontramos uma forma de atender a essa demanda”, afirmou. “Nossos cr�ticos s�o muito bons em falar mal do Gripen e ruins de defender os seus produtos. N�s fazemos o contr�rio.”

Surpresa. O an�ncio do resultado da escolha brasileira pelo Gripen NG surpreendeu a pr�pria Saab. Sindahl admite que a empresa ficou “um pouco surpresa”, pois esperava o an�ncio apenas para 2014.

Apesar de considerar sua proposta muito boa, e ter o menor pre�o os rumores de que os demais concorrentes estavam na frente deixaram o Gripen como o azar�o da disputa. Nenhum dos ministros da Defesa, em todo o processo, visitou a Su�cia, e o lobby sueco era bem menos agressivo que o franc�s e o americano.

“Fizemos uma proposta que preenchia muito bem as necessidades brasileiras, podemos oferecer a transfer�ncia de tecnologia de uma maneira muito eficiente porque temos o desenvolvimento em andamento e essa � a melhor maneira de transferir, trabalhar juntos. Estamos muito felizes”, diz Sindahl.

Nesta sexta-feira, em telefonema ao ministro da Defesa, Celso Amorim, a ministra da Defesa da Su�cia, Karin Enstr�m, manifestou a satisfa��o do governo sueco com a escolha do governo brasileiro. Amorim disse para a ministra que, com a op��o pelo Gripen, o Brasil inicia um relacionamento de longo prazo com a Su�cia.

Essa parceria, acrescentou ele, inclui transfer�ncia e desenvolvimento conjunto de tecnologias relacionadas � aeronave. A ministra informou que, no in�cio de 2014, seu pa�s apresentar� ao Brasil propostas concretas sobre a cess�o antecipada de ca�as e sobre a capacita��o da For�a A�rea Brasileira para operar os modelos agora comprados.


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