Bras�lia - Em reuni�o ness segunda-feira, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, transmitiu a integrantes da Rede Sustentabilidade a condi��o para aceitar o veto imposto pela ex-ministra Marina Silva ao apoio do PSB � reelei��o do governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Campos garantiu que a sigla abandona o projeto de alian�a com o tucano paulista se Marina aceitar antecipar o an�ncio de que ser� sua vice na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica.
O grupo da ex-ministra sinalizou positivamente, mas a press�o da Rede - partido idealizado por Marina, mas que n�o obteve registro na Justi�a Eleitoral a tempo de concorrer na elei��o deste ano - � para que, al�m de S�o Paulo, sejam lan�ados tamb�m candidatos a governador em outros Estados de grande densidade eleitoral. Representantes do PSB e da Rede se reuniram na capital federal, mas Marina n�o foi ao encontro.
A decis�o de Campos de aceitar retirar o apoio a Alckmin se deve a uma reavalia��o de sua estrat�gia. O pernambucano acredita que ter a ex-ministra na sua chapa compensa o desmanche de alian�as que estavam em curso. “A presen�a da Marina na chapa fortalece muito a minha candidatura tanto em S�o Paulo quanto nos palanques das cidades maiores e mais politizadas”, comentou o governador, de acordo com narrativa de um companheiro de partido.
No encontro, a dire��o da Rede sinalizou concordar com um “pacote” para diminuir a tens�o entre os dois grupos. Com a perspectiva de lan�amento de uma candidatura pr�pria ao governo de S�o Paulo, admite o an�ncio antecipado de que Marina ser� vice na chapa com Campos. A expectativa � que esse an�ncio ocorra at� meados do pr�ximo m�s. “Esse � um assunto que est� sendo tratado desde 5 de outubro, quando houve a uni�o formal com o PSB”, disse ao Estado Bazileu Margarido, coordenador executivo da Rede. “A expectativa do partido � a da candidatura de Marina a vice”, afirmou.
Nas v�rias conversas que teve com o presidente do diret�rio paulista do PSB, deputado M�rcio Fran�a, o governador de Pernambuco ouviu a defesa da alian�a com Alckmin. Nas negocia��es havia at� a possibilidade de Fran�a ser o candidato a vice na chapa que concorrer� � reelei��o.
Campos, no entanto, sabe que o palanque principal de Alckmin ser� reservado ao prov�vel candidato tucano � Presid�ncia, senador A�cio Neves (MG), que precisa conquistar uma grande vota��o em S�o Paulo. Como A�cio acredita que obter�, em Minas Gerais, uma frente superior a 3 milh�es de votos sobre Dilma Rousseff, uma vit�ria com razo�vel n�mero de votos em S�o Paulo anularia a vantagem que a presidente tende a ter nas regi�es Norte e no Nordeste. Neste cen�rio, a avalia��o � que em S�o Paulo Campos seria sempre um candidato de segundo escal�o no palanque de Alckmin e a garantia de Marina na vice contaria muito mais do que a presen�a de Fran�a na vice do governador tucano.
Outros Estados
Bazileu Margarido, um dos mais pr�ximos aliados de Marina, disse ainda que a press�o da Rede ser� para que sejam lan�ados candidatos a governador em todos os Estados de grande densidade eleitoral: S�o Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Paran�, Pernambuco, Par� e Cear�. “Acreditamos que � preciso criar palanques para o candidato”, afirmou Bazileu.
Pela manh�, em Olinda, Campos disse que Marina n�o decidir� sozinha os nomes dos candidatos da alian�a a governador de S�o Paulo e do Rio de Janeiro. Ele rebateu os rumores de crise entre seu partido e a Rede Sustentabilidade, por causa das diverg�ncias entre as legendas em alguns Estados.
“Marina vai decidir junto conosco todos os Estados que a gente vai discutir”, afirmou. “Em alguns, a gente vai conseguir aquilo que deseja, em outros lugares vamos ter um quadro que j� est� dado, que vem de uma din�mica pr�pria.” Segundo o governador n�o h� imposi��es na rela��o entre a Rede e o PSB. “Ningu�m aqui est� para impor � Rede, e nem a Rede tem nenhum esp�rito de nos impor absolutamente nada”, disse.
“� s� espuma (os rumores de crise), n�o tem objetividade (...) N�o h� uma palavra de Marina que seja diferente da palavra que eu tenho colocado. Agora, h� um desejo de que essas coisas n�o deem certo. E desejo � assim. Tem muita gente que deseja muita coisa e n�o consegue. N�o v�o conseguir esse, por exemplo.”