'Acusa��o n�o tem fundamento', alega Arruda

Bras�lia - O ex-governador do Distrito Federal Jos� Roberto Arruda negou nessa quarta-feira, por meio de seu advogado, N�lio Machado, envolvimento nas investiga��es que est�o sendo conduzidas na Su��a. “Segundo meu cliente, as chances de haver proced�ncia nessa informa��o � zero. N�o tem o menor fundamento”, afirmou Machado ao 'estado'.

Em fevereiro de 2010, Jos� Roberto Arruda chegou a ser preso, acusado de tentar subornar testemunhas no inqu�rito da Opera��o Caixa de Pandora - investiga��o da Pol�cia Federal que revelou o esquema de desvio de dinheiro conhecido como mensal�o do DEM - e de obstru��o � Justi�a. Para a defesa, que afirmou n�o ter conhecimento de nenhum dinheiro de Arruda no exterior, � necess�rio que se prove o envolvimento do ex-governador do Distrito Federal com as contas clandestinas em Genebra e Zurique.

Improbidade

No caso do mensal�o do DEM, Arruda foi condenado em primeira inst�ncia por improbidade administrativa em dezembro do ano passado. A condena��o se estende a outros tr�s r�us: a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), seu marido, Manoel Costa de Oliveira Neto, e o ex-secret�rio de Arruda Durval Barbosa. O Tribunal de Justi�a do Distrito Federal e Territ�rios determinou o ressarcimento de R$ 300 mil aos cofres p�blicos por danos morais. Arruda e a deputada Jaqueline Roriz tiveram os direitos pol�ticos suspensos por oito anos, per�odo no qual ficam proibidos de ocupar cargos p�blicos. Delator do esquema, Barbosa teve parte da pena extinta por ter feito um acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico.

Sem concordar com a senten�a e alegando interesses pol�ticos em julgar o caso quatro anos depois das den�ncias e com base no depoimento de Barbosa, o advogado de Arruda no caso, Edson Smaniotto, disse que vai recorrer da decis�o. Embora os v�deos que motivaram a investiga��o sejam de 2006, a opera��o da Pol�cia Federal foi deflagrada apenas no fim de 2009. Procurado pela reportagem, Edson Smaniotto n�o respondeu �s liga��es.

A defesa contesta a alega��o da acusa��o, segundo a qual Arruda teria pago R$ 50 mil, por meio de Durval Barbosa, a Jaqueline e seu marido para apoi�-lo em sua campanha para o governo do DF em 2006, e n�o a indicada do pai da deputada, Joaquim Roriz, que apadrinhou a ex-governadora Maria de Lourdes Abadia. O dinheiro, segundo as investiga��es, teve origem em empresas de inform�tica que pagavam propina para fechar contratos com o governo.

Em depoimento, Jaqueline Roriz confirmou o recebimento do dinheiro, mas disse que seria usado para custear sua campanha � C�mara, o que configura caixa dois. Durval, Barbosa e Roriz n�o foram localizados pela reportagem.

O processo criminal, no qual Arruda � um dos 37 denunciados pela Procuradoria-Geral da Rep�blica, ainda n�o foi julgado pelos ministros Superior Tribunal de Justi�a (STJ). A a��o foi proposta em 2012.