S�o Paulo - Autoridades brasileiras e da Su��a investigam uma conta secreta operada por Henrique Pizzolato, o ex-diretor do Banco do Brasil que fugiu do Pa�s ap�s ter a pris�o decretada pelo Supremo Tribunal Federal pela condena��o no julgamento do mensal�o. Suspeita-se que a conta aberta num banco su��o teria saldo de quase 2 milh�es de euros. Ela foi movimentada ap�s a fuga de Pizzolato, h� cerca de dois meses, segundo investigadores brasileiros e su��os. O saldo, contudo, n�o est� zerado.
Pizzolato possui dupla cidadania, o que garante a ele o direito de permanecer na It�lia. Tratado entre Brasil e a na��o europeia n�o permite extradi��o de quem tem dupla cidadania.
At� o fim do ano passado, a PF ainda trabalhava com a hip�tese de Pizzolato estar at� mesmo no Brasil. Ele teria solicitado em pa�s que faz fronteira com o Brasil uma autoriza��o de retorno para a It�lia e n�o um novo passaporte. Ele viajou acompanhado da mulher, Andrea Haas. A opera��o de fuga foi revelada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A investiga��o sobre Pizzolato � tocada pela rec�m-criada coordena��o de rastreamento e captura da Pol�cia Federal, ainda n�o formalizada, mas j� respons�vel por cuidar da situa��o do ex-diretor do Banco do Brasil. Uma equipe de seis policiais trabalha no caso. A PF tamb�m conta com a ajuda da Interpol, organiza��o internacional que re�ne pol�cias de v�rios pa�ses. A Procuradoria-Geral da Rep�blica e a PF mant�m o assunto sob sigilo.
Na Su��a, fontes da pol�cia e da Justi�a local confirmaram � reportagem o trabalho conjunto com as autoridades brasileiras. O foco � tra�ar o caminho exato do dinheiro de Pizzolato. Diplomatas do Brasil disseram que, nas �ltimas semanas, uma "intensa troca" de cartas e comunica��es entre Bras�lia e Berna foi registrada sobre esse assunto.
Resist�ncia
Apesar de Brasil e Su��a manterem um acordo de coopera��o judicial, o pedido de ajuda de Bras�lia aos su��os enfrentou uma certa resist�ncia inicial para ser atendido. Isso porque o suposto crime n�o teria ocorrido na Su��a e n�o existiria provas na Justi�a local de que o dinheiro movimentado fosse fruto de corrup��o.
O que permitiu a coopera��o foi o fato de o nome de Pizzolato ter entrado na lista da Interpol. Com isso, as autoridades da Su��a tamb�m foram levadas a colaborar com um caso de algu�m que j� havia sido julgado e condenado em �ltima inst�ncia. O sinal verde para a coopera��o foi dado, mas com a condi��o de que o papel das autoridades su��as n�o fosse revelado inicialmente.
O pedido de ajuda do Brasil foi tratado pelo Escrit�rio Federal da Pol�cia, conhecido como Fedpol. Uma vez recebido, o departamento lan�ou uma busca nos cant�es su��os, obrigou bancos a buscar o nome de Pizzolato e conseguiu identificar a movimenta��o na �rea que seria de responsabilidade legal de Genebra.
Mensal�o
O ex-diretor do Banco do Brasil foi condenado a 12 anos e 7 meses de pris�o pelo Supremo pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrup��o passiva e peculato. As investiga��es mostraram que ele recebeu R$ 326 mil de propina para favorecer uma das empresas de Marcos Val�rio em contratos com o Banco do Brasil. Como ex-diretor do banco, Pizzolato teria participado do desvio de aproximadamente R$ 74 milh�es do Fundo Visanet para alimentar o esquema.
.