
Bras�lia – Depois de idas e vindas, an�ncios informais e mudan�as de planos, o governador do Rio de Janeiro, S�rgio Cabral Filho (PMDB), confirmou que vai se desincompatibilizar do comando do estado no fim de fevereiro para concorrer a uma vaga no Senado. A decis�o foi tomada ap�s o PT fluminense ter decidido que, antes de mar�o, entregar� os cargos na administra��o municipal. Os peemedebistas sonhavam em deixar a vaga de senador para os petistas, caso estes apoiassem a candidatura de Luiz Fernando Pez�o. Nada feito. Cabral concorrer� ao Senado.
Tarefa que n�o ser� das mais simples. O governador peemedebista, ap�s oito anos de mandato e de ter se vangloriado pela implanta��o das Unidades de Pol�cia Pacificadoras (UPPs) nos morros cariocas, amarga uma depress�o pol�tica profunda, com �ndices de aprova��o irris�rios. S�rie de protestos violentos durante e depois da Copa das Confedera��es agravou a crise. Mas ele n�o est� sozinho. Nesse seleto grupo de governantes em crise pr�-eleitoral encontram-se ainda a governadora do Maranh�o, Roseana Sarney (PMDB) — tamb�m reeleita —, e a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), que est� em primeiro mandato.
Em situa��o menos grave est� o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT). Mas, a exemplo de Cabral e Roseana, o petista ter� grandes dificuldades em eleger o sucessor, o atual chefe da Casa Civil baiana, Rui Costa (PT). Temendo que o vice-governador Otto Alencar (PSD) se candidatasse ao Pal�cio de Ondina e interrompesse a gest�o petista no estado, optou por ficar no cargo para tentar eleger Rui Costa e abrir para Otto a vaga ao Senado, em uma tentativa de fechar as portas para a alian�a oposicionista DEM-PSDB-PMDB. O grupo deve lan�ar Paulo Souto (DEM) para o governo estadual e Geddel Vieira Lima (PMDB) para o Senado.
Roseana est� em d�vida se concorrer� ou n�o ao Senado. A exemplo de Wagner, ela tamb�m ter� extremas dificuldades em eleger o sucessor no Maranh�o. E a situa��o piorou desde a explos�o dos esc�ndalo de mortes no Pres�dio de Pedrinhas, na capital S�o Lu�s, e a interven��o da For�a Nacional para controlar a situa��o. No estado, o favorito at� o momento � o pr�-candidato do PCdoB, Fl�vio Dino.
SEM CONCORRENTE Ela tem demonstrado disposi��o de n�o disputar novos cargos eletivos, mas tem sido pressionado pela fam�lia, sobretudo pelo pai, Jos� Sarney (AP), a concorrer em outubro. “Creio que ela n�o ter� dificuldades em se eleger, j� que os demais pr�-candidatos ao Senado s�o nomes inexpressivos. Se Dino fosse candidato ao Senado ou ela � reelei��o, a vit�ria seria quase imposs�vel”, acredita o ex-presidente do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto Queiroz.
A situa��o de Rosalba Ciarlini (DEM-RN) � diferente, mas tamb�m dram�tica. Governadora de primeiro mandato, ela � a pior administradora estadual, de acordo com pesquisa recente do Ibope. “No momento certo, o partido vai se reunir e decidir qual ser� o melhor caminho para o DEM do Rio Grande do Norte”, declarou o presidente nacional do partido, Jos� Agripino Maia. Sinal quase inequ�voco de que o partido n�o conta com mais quatro anos de Rosalba.