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Estado de Minas

Ex-diretor diz que Alstom pagou propina no Brasil

O ex-diretor comercial da Alstom na Fran�a Andr� Bottoe contradiz as afirma��es reiteradas da Alstom Brasil de que nunca pagou propina.


postado em 23/01/2014 08:19 / atualizado em 23/01/2014 08:48

S�o Paulo -  afirmou, em depoimento � Justi�a do pa�s europeu, que a dire��o da empresa autorizou o pagamento de propina de 15% sobre um contrato de US$ 45,7 milh�es para fechar um neg�cio com uma estatal paulista no ano de 1998. Na ocasi�o, o Estado era governado por Mario Covas (PSDB).

O depoimento, constante de um rol de documento enviados por autoridades francesas a investigadores do esquema de pr�tica de cartel no Brasil, foi revelado nessa quarta-feira pelo jornal Folha de S.Paulo. Ele contradiz as afirma��es reiteradas da Alstom Brasil de que nunca pagou propina.

O contrato em quest�o foi fechado com a Empresa Paulista de Transmiss�o de Energia (EPTE), estatal ligada � Secretaria de Energia. � �poca, o titular da pasta era Andrea Matarazzo, hoje vereador do PSDB em S�o Paulo.

A Alstom queria aditar um contrato que firmara em 1983 para a venda de equipamentos para tr�s subesta��es de energia. Contudo, havia d�vidas sobre a validade do aditivo, pois a lei de licita��es estabelecia limite de cinco anos para aquele tipo de neg�cio.

A propina paga pela Alstom serviria para evitar que a EPTE criasse entraves para a renova��o de um contrato sobre o qual pairavam questionamentos. Se a empresa p�blica optasse por licita��o, a multinacional francesa corria o risco de perder o neg�cio ou de ter que diminuir expressivamente suas margens de lucro. “ Tivemos de pagar comiss�es elevadas, da ordem de 15% do contrato”, afirmou Botto ao juiz Renaud Van Ruymbeke, em 2008.

O contrato, conhecido como Gisel (Grupo Industrial para o Sistema da Eletropaulo) acabou de fato sendo aditivado.

Botto � um personagem conhecido do esc�ndalo do cartel desde 2008. Naquele ano veio a p�blico um comunicado interno da Alstom, de 21 de outubro de 1997, em que ele j� falava em propinas pagas no Brasil.

Em nota, a Alstom manifestou “veemente rep�dio quanto a insinua��es de que possui pol�tica institucionalizada de pagamentos irregulares para obten��o de contratos”. A empresa disse lamentar que “o conte�do de investiga��es sobre supostas condutas ocorridas h� quase 20 anos, que por obriga��o legal deveriam ser tratadas de forma sigilosa, venham a ser utilizado de forma reiterada e desproporcional nos dias de hoje com o intuito de denegrir a imagem de uma empresa que cumpre com todas as suas obriga��es legais”.


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